Por Olavo Bilac
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
– Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
– Mais abaixo, meu bem! – num frenesi.
No seu ventre pousei a minha boca,
– Mais abaixo, meu bem! – disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci…
Olavo Bilac (1865-1918) – O “príncipe dos poetas” brasileiros é um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras (ABL) e autor do Hino da Bandeira Nacional. Fez os cursos de Direito e Medicina, abandonando ambos pelo amor à literatura.
Olá preciso muito saber onde se pode achar uma fonte adequada que mostra que esse poema é de Bilac! De onde vc pegou o poema? e como sabe que é de Bilac? agradeço muito por uma reposta.