Por Bruno Ernesto
No exato momento em que escrevi este texto, estava tomando um café em Congonhas, aguardando a boa vontade da companhia aérea para seguir viagem com destino a Belo Horizonte.
E, registre-se: como é bom constatar que as companhias aéreas continuam, ainda que mínima e timidamente, temente a Deus.
O vale que me deram pelo atraso – desculpe, já esgotei minha cota de estrangeirismo por hoje e não queria escrever voucher – foi suficiente para cumprir o direito fundamental e subjetivo do mínimo existencial.
Desde que você confronte a companhia, nada de má vontade lhe será fornecido.
É como diz o ditado: quem tem boca vaia Roma. Se bem que não queria necessariamente vaiar, porém queria ir mesmo, como sempre dizem.
Como é interessante o sobressalto do espírito republicano dos passageiros ali reunidos, circundando o balcão da companhia como se estivessem em plena Ágora. Cada qual com seus argumentos convergentes. E tem gente que ainda diz que não gosta de unanimidade.
Nada que o poder de persuasão incisiva de uma turba não resolva de forma caótica, quando a indignação de uma das partes se sobreponha à boa vontade de não resolver da outra.
É preciso que exercitemos a impaciência sempre que possível.
Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor
E haja paciência! Pior é quando você vem de um voo atrasado com uma conexão de tempo apertado! O aeroporto de Congonhas ainda tem um tamanho bom pra gente sair de um terminal a outro. Já em Guarulhos, é um teste ergométrico. Já passei muita correria! Desejo uma boa viagem! Que volte são e salvo. E aproveite pra escrever; nessas horas de inquietação por um voo atrasado, ter uma ocupação útil, é muito bom! Boa semana!
Fico deveras emocionado e, confesso, com uma certa inveja do nobre articulista ao esmiunçar todo instigante dia para embarque num ASA DURA. De bate-pronto relembrei os dias de forte inverno in riba da minha amada serra do Apodi, em que eu protagonizava aquele matuto tremendo de frio, a subir em frienta carroça em plena madrugada invernal marcando aí uns 15 graus centígrados. O matuto véi só enrijece os ossos após “tomar” umas duas xícaras de café esfumaçante. Feito isto, é Pau pra toda obra. Mas tem cabra mofino que obra pra toda obra.
O seu bom texto (história) me fez lembrar, mal comparando, o “castigo” que nos era imposto pela demora dos ônibus da Transal. A viagem entre o Santa Delmira e o Centro representava um teste de paciência. Sem falar no desconforto do veículo lotado. Uma ótima semana para você, meu caro Bruno Ernesto.
Vixe !. Ia me esquecendo do dia em que me aventurei em me escanchar in riba dum veio jumento veio pra mode chegar em meu rodante.l