Tenho acompanhado algumas distorções na campanha eleitoral de Mossoró este ano. Em especial, observo alguns componentes da mídia no olho do tufão.
Há um estardalhaço desnecessário e tolo em torno do trabalho jornalístico realizado por Bruno Barreto, de "O Mossoroense." Ele tem aparecido em relevo, satanizado por setores da própria imprensa ou nos bastidores da campanha.
Conheço Bruno razoavelmente. Talvez nem sejamos amigos, mas no mínimo nos respeitamos e há traços de admiração mútua. Aprecio seu trabalho, que só tende a crescer. Só uma pessoa pode impedir sua progressão profissional: o próprio.
A acusação que pesa sobre ele é de estar acuando a prefeita Fafá Rosado (DEM), ao tentar entrevistá-la. Pelo menos uns dois incidentes teriam ocorrido.
Há uma inversão de valores não apenas nesse caso, mas na atmosfera político-social da Mossoró contemporânea. O comum, querer colher depoimento da maior autoridade constituída do município, é sinal de desrespeito e petulância.
O "normal" é testemunharmos um jornalismo de resultados, com odor de "assessoria de incenso". Remetem-nos a um período de trevas, do arbítrio verde-oliva, onde a liberdade de imprensa era associada à licença para elogiar.
Criticar é atestado de insolência, recalque e despreparo.
Quando tudo isso passar, jornalistas e jornalistas vão estar outra vez na planície das redações, no cotidiano da caça à notícia e coabitando o mesmo espaço. Eles, os mandachuvas, dividirão mesas fartas com vinho importado e caviar, rindo de todo esse enredo rocambolesco.
Já vi esse filme antes.
Lembro-me de JK. Para ele, não existia inimigo eterno nem amigo para sempre. "Tudo se tranforma", descobriu o doutor Antoine Lavoisier. Quem possui caráter não o converte em servilismo torpe.
Já já a campanha eleitoral vai passar. O rescaldo poderá ser asfixiante para muita gente.
Bravo Carlos! Bravíssimo!!!!!
cada vez mais sou sua fá …MOSSORÓ PRECISA DE HOMENS COMO VOCÊ, autêntico e fiel com a verdade dos fatos. JORNALISMO E FIDELIDADE. nada de boquinha de siri ou mãozinha molhada, etc etc..
sou sua fã….
Não conheço pessoalmente o Bruno Barreto, sobrinho do veterano jornalista e professor Emanoel Barreto, mas admiro a sua competência e discrição à frente da editoria política do velho O Mossoroense. Lamento apenas que seu jornal seja capitaneado por interesses político-partidários, o que termina por afetar a credibilidade do seu trabalho como um todo. Mas, é forçoso reconhecer, são os “ossos do ofício”. Afinal, a inprensa potiguar sempre pecou por omissão ante a crônica falta de debate político qualificado. Num cenário anódino como esse, Bruno merece nais é reconhecimento.
Não apoio Fafá nem Larissa, mas Bruno Barreto tem toda a minha credibilidade. Não existe Democracia sem uma Imprensa livre. Por isso, políticos de toda a espécie, deixem o Jornalista fazer seu trabalho, já que vocês não fazem o seu.