Todas as emendas para o exercÃcio orçamentário de 2016, da alçada do deputado estadual Manoel Cunha Neto (PHS), “Souza”, serão destinadas à Saúde. Essa decisão está tomada. Foi comunicada por ele ao próprio secretário estadual da Saúde Pública, médico  Ricardo Lagreca, na última terça-feira (14).
Souza foi recebido por Lagreca, numa longa audiência, em que ele apresentou pleitos para os municÃpios de Mossoró, Areia Branca, Governador Dix-sept Rosado, Grossos, Porto do Mangue e à reestruturação da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (UNICAT) da II Regional de Saúde (URSAP), com sede em Mossoró.
Segundo o deputado, sua posição é por enquanto isolada, mas já a defendeu em discurso na AL e vai formalizar apelo para que os demais deputados priorizem a Saúde, com emendas que possam  somar bom montante de recursos à gestão da polÃtica de Saúde adotada pelo secretário.
“Doutor Lagreca foi-me muito sincero: disse-me que a Saúde não tem praticamente nada para investimento e o custeio do básico. E me afirmou: ‘Na Saúde, tudo é urgente'”, relatou o deputado em discurso na AL.
Tudo é urgente
“Precisamos sair daquele primitivismo paroquial que só trata da questão para esse ou aquele municÃpio de nossa base eleitoral. Enxergando o problema de forma macro e sistêmica, podemos atenuar o todo, melhorar a estrutura e funcionalidade da Saúde. As responsabilidades precisam ser divididas entre União, Estado e MunicÃpios”, defendeu Souza.
Segundo o secretário, com os parcos recursos existentes, ele quer garantir o funcionamento dos mais de 20 hospitais regionais, montando um sistema integrado. “Até usou uma frase que considerei muito interessante: ´Eu não estou inventando a roda; estou tentando botar a roda para andar’. E acrescentou: ‘Na Saúde, tudo é urgente'” – recordou Souza.
Na audiência com Ricardo Lagreca, Souza reportou-se especialmente à região do polo Costa Branca e Oeste, que tem o Hospital Regional TarcÃsio Maia (HRTM) como referência. “O que acontece em Mossoró é uma sobrecarregada do TarcÃsio Maia, que atende a pacientes de mais de 60 municÃpios, gente vinda até do Ceará”, afirmou.
Pactuação
“É preciso uma pactuação com os municÃpios, dividindo o custo dessa enxurrada de procedimentos e atenção à saúde preventiva”, defendeu sob concordância do secretário. “A Prefeitura de Mossoró não pode suportar o custo sozinha e o TarcÃsio sem um socorro partilhado continuará sem salvação”, previu.
O deputado assinalou que a intervenção da Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR)/Maternidade Almeida Castro tem proporcionado uma crescente melhoria no atendimento a parturientes e seus bebês em Mossoró. Atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúdes (SUS). “Esse esforço alcança, conforme estatÃsticas, pacientes de cerca de 72 municÃpios. Em fevereiro, por exemplo, realizou 252 partos e em março foram 420, em face da crise no Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, que chegou a suspender serviços, o sobrecarregando”.
O deputado relatou que o Estado precisa sustentar meios para que TarcÃsio Maia e Hospital da Mulher cumpram o básico de suas prioridades. Com a CSDR retomando antigos números de atendimento e começando a fazer cirurgias eletivas numa fila com mais de duas mil pessoas, “teremos uma melhora na Saúde de Mossoró e região, onde as UPA´s e Unidades Básicas da Prefeitura têm  papel significativo, refreando o fluxo para o TarcÃsio Maia”, argumentou.
Fazer algo
“Se meus colegas deputados me ouvirem e ouvirem ao apelo do doutor Lagreca, a gente poderá fazer muito para minimizar essa crise. É difÃcil melhorar  de imediato e a curto prazo, no nÃvel das necessidades, mas é possÃvel fazermos algo”, disse.
“Destaco o espÃrito público e o humanismo que marcam o esforço do doutor Lagreca à frente da pasta. Um homem que poderia estar no descanso de uma biografia irrepreensÃvel ou em trabalho com menores responsabilidades, assumiu o sacrifÃcio de gerir o caos”, disse Souza em pronunciamento na Assembleia Legislativa, no mesmo dia.
Com informações da Assessoria de Imprensa de Souza.
CorretÃssimo deputado, só sabemos o que uma doença quando estamos acometido da mesma.
HorrÃvel.