Do Canal Meio e outras fontes
Após ser anunciado como novo ministro das Comunicações, o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA), líder do seu partido na Câmara, decidiu recusar o convite. Em nota, ele agradeceu ao presidente Lula pela “confiança depositada” em seu nome e afirmou que, neste momento, pode contribuir mais com o país e com o próprio governo na função de líder do União Brasil.
“A liderança me permite dialogar com diferentes forças políticas, construir consensos e auxiliar na formação de maiorias em pautas importantes para o desenvolvimento do país”, escreveu. Ele pediu “sinceras desculpas” a Lula por declinar o convite. “Recebo seu gesto com gratidão e reafirmo minha disposição para o diálogo institucional, sempre em favor do Brasil.” (CNN Brasil)
Pessoas próximas a Lula afirmam que Pedro Lucas aceitou o convite no dia 8 de abril, em conversa com o presidente, mas fez uma ressalva ao dizer que só poderia assumir a pasta se conseguisse fazer um sucessor do seu grupo na liderança na Câmara. O mais cotado era justamente o ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho, apoiado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), mas não pelo chefe nacional da sigla, Antônio Rueda. O senador acumula divergências com a cúpula da legenda a respeito da participação do partido no governo Lula e dos rumos a tomar na eleição de 2026. Rueda e seu vice-presidente, ACM Neto, defendem uma postura mais distante do governo. (Globo)
Dor de cabeça
É uma “dor de cabeça” para o Palácio do Planalto, mas também para a sigla. Não será fácil definir uma nova indicação ao cargo. O governo não aceita nenhum deputado que tenha pare assinado o pedido de urgência para o projeto de lei que pretende anistiar golpistas do 8 de janeiro. O problema é que 41 dos 59 integrantes da bancada endossaram a proposta bolsonarista. O deputado cearense Moses Rodrigues chegou a ser cogitado como alternativa, porém está na lista dos vetados por ser signatário do requerimento de urgência. (Estadão)
Há quem diga que o União Brasil, marcado por divisões desde que surgiu em 2022 após a fusão do antigo DEM com o PSL, pode perder espaço no governo, e não apenas o Ministério das Comunicações. A legenda comanda três ministérios: além das Comunicações, está à frente do Turismo e Desenvolvimento Regional. Dono da maior bancada da Câmara, o PSD sonha com a pasta do Turismo. Apesar disso, um ministro de Lula defende que o governo não tome nenhuma decisão que possa tensionar ainda mais a relação com o partido, que tem a terceira maior bancada na Câmara, com 59 deputados, e mais sete senadores. (Folha)
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