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terça-feira - 15/06/2010 - 19:20h

Deu pro gasto (Brasil 2 x 1 Coreia do Norte)

Deu pro gasto. Brasil 2 x 1 Coreia do Norte. Estreia vale pelo resultado, que leva o selecionado para primeiro lugar em seu grupo. Contudo a "Canarinha" ficou devendo.

O mais preocupante é o débito de dois jogadores vitais ao esquema montado há anos pelo técnico Dunga: Kaká e Luís Fabiano estão fora de forma, longe do que já renderam.

Pior é que no caso de Kaká, o técnico não tem opção à altura no banco à mudança tática. Estamos sem um meia clássico como no passado, o camisa 10 que alimentava o ataque e definia ao gol.

Kaká é meia-atacante, que dribla em velocidade na direção do gol, com bom poder de finalização. Hoje era apenas sombra do que já fizera no selecionado. Parecia temer choques e não foi notado em campo. 

No confronto de hoje, Robinho acabou sobrecarregado com o papel de armador, além de sua função de atacante. Conseguiu quebrar o galho, mas deixou Luís Fabiano asfixiado entre os zagueiros.

Diante de um time sem craques, com marcação burocrática e fechado como seu próprio país, o Brasil também não jogou muito para mudar o cenário. Quando resolveu fazer o elementar, ganhou. Ou seja, se joga um pouquinho melhor, goleia.

Zico

E não adianta justificar com o argumento de que a Coreia joga muito fechada. Fechada, sim. Porém longe de ser blindada.

No segundo tempo, principalmente, os alvirrubros faziam marcação quase visual, rondando os brasileiros. Deixaram espaços às margens da defesa e buracos no meio. Foi assim que Robinho lembrou Zico, encontrando Elano no segundo gol.

Entretanto nem tudo foi burocrático e imperfeito. Os laterais Michel Bastos e Maicon estiveram acima da média. E numa competição acirrada como essa, eles podem ser o caminho às vitórias.

Dá para avançar e ser campeão? Sim, eles podem. Até o momento não surgiu qualquer equipe com nítida supremacia.

Alemanha e Argentina despontam com impulso à decisão, mas nada de excepcional. A primeira, mais homogênea e compacta, fiel à tradição germânica; a segunda, afoita no ataque, porém inconfiável na defesa.

O Brasil deu um primeiro passo e é notório que técnico e jogadores têm consciência de seus limites. O jogo de hoje instiga o bom senso e freia a arrogância suicida.

Numa Copa de tão poucos gols, em que o maior espetáculo está nas arquibancadas, na sinfonia das vuvuzelas, é bom não esperar muito do futebol. Do Brasil, o possível, com escassos sinais de arte.

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. robson wagner diz:

    carlosvc é massa e acrescento que essa seleção num vai muito longe,

  2. Silvio Luiz diz:

    Pelas Barbas do Profeta: assistindo o jogo, tive um baita de um susto. Imaginei ter visto Napoleão Bonaparte ressussitado na beira do Gramado. Estou sabendo agora que era o Dunga vestido em mais um modelito ridículo. Para ficar identico ao Napoleão, faltou apenas o chepéu.
    Esse treinador tem um mal gosto em roupas que já ultrapassou varias fronteiras. Inclusive a da Africa do Sul.

    Hum! Hum!

  3. Rui Nascimento diz:

    Uma ponderação a ser feita: é melhor uma vitória feia do que uma derrota bonita. Não precisamos ser pessimistas, apenas realistas. A chance do Brasil ser campeão é a mesma das outras “potências” do futebol, pois não há, até aqui, nenhum destaque que possa fazer de nenhuma das outras seleções uma favorita absoluta, a não ser que a Espanha faça algo diferente, surpreenda hoje. Quando assisto o Brasil com esse futebol tão burocrático e tão pouco objetivo, lembro-me daquela espetacular seleção de 82. Mas ao mesmo tempo lembro: o que ficou marcado naquela equipe que jogava o verdadeiro futebol, aquele futebol que encanta, que enche os olhos de quem aprecia um belo espetáculo de futebol? Ratifico então o que dissera no começo do comentário: melhor uma vitória feia do que uma derrota bonita. Campeão moral é consolo pra derrotado.

  4. WILLIAM PEREIRA diz:

    Enquanto há vida existe esperança, mas não creio que a seleção brasileira vá muito longe.

  5. Honório de Medeiros diz:

    Vc é, TAMBÉM, um excelente comentarista de futebol!

    Honório de Medeiros

  6. Rui Nascimento diz:

    …E a Espanha surpreendeu… O Futebol é, sem dúvidas, o mais emocionante esporte do mundo.

  7. Everton Carlos da Costa Cardoso diz:

    O que realmente importa são os três pontos. Só digo que o Brasil vai ser ou não campeão, depois de assistir ao jogo contra a Costa do Marfim, no domingo.

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