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sábado - 22/01/2022 - 09:30h
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Devo vacinar meu filho contra Covid-19?

O médico cardiologista, músico e escritor João Paulo Gurgel de Medeiros posta em sua página no Instagram, um ponto de vista com lastro científico, em que procura responder a uma pergunta que virou algo pertinente, nesses tempos de pandemia e surto de síndromes gripais: “Devo vacinar meu filho contra Covid-19?”Devo vacinar meu filho contra a Covid-19 - Dr. João Paulo Medeiros

Leia:

Desde o dia 16 de dezembro de 2021, a Agência Nacional autorizou a vacina Comirnaty® (Pfizer/BioNTech) para crianças de 5 a 11 anos de idade. Registrada no Brasil em 23 de fevereiro de 2021, a vacina foi autorizada para a faixa etária dos 12 aos 16 anos em junho do referido ano. Você está em dúvida se irá vacinar os seus filhos?

No ano de 2020, houve 1.203 mortes por complicações relacionadas à Covid-19 em pacientes com até 19 anos, sendo mais da metade delas na faixa etária dos 6 aos 19 anos. Em 2021, houve aumento para 1.422 óbitos na mesma faixa etária (quase 4 mortes por dia), sendo mais da metade também dos 6 aos 19 anos. Houve, portanto, um incremento no número de mortos entre os bebês, crianças e adolescentes.

A Sociedade Brasileira de Pediatria, com o mesmo entendimento das mais importantes comunidades científicas do mundo, e tendo como base a Literatura Científica, favorável aos benefícios da vacina, defende e apoia a vacinação na faixa etária dos 5 aos 11 anos. A eficácia em crianças foi de 90,7%, o que provavelmente irá reduzir, nelas, as internações e mortes por Covid-19 e SIM-P (Síndrome Inflamatória Multisisstêmica Pediátrica) pós Covid-19. Este benefício já foi demonstrado em adolescentes.

Os efeitos colaterais mais frequentes da vacina em crianças são dor no local da injeção (70%), sensação de cansaço e moleza (40%) e dor de cabeça (28%). O risco de desenvolver miocardite pela vacina é vinte vezes MENOR do que o risco de desenvolver miocardite durante a Covid-19.

Vivemos em uma época em que as informações seguem de forma deturpada e sem uma adequada checagem da realidade dos fatos. Assim, é esperado que haja tanta inconsistência em notícias diversas propagadas rapidamente pelos meios digitais. O movimento antivacina não é novo. Na página da BBC, há um bom texto sobre o assunto: “Da varíola à covid-19, a história dos movimentos antivacina pelo mundo”, por George Erman.

Esta postagem não tem nenhum caráter especulativo. É necessário que se coloque claramente que, se há dúvida quanto a vacinar ou não os seus filhos, o conjunto dos dados científicos indica: os benefícios da vacinação superam, e muito, os possíveis (e muito pouco prováveis) malefícios.

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Categoria(s): Opinião / Saúde

Comentários

  1. Roncalli Cunha diz:

    Muito importante e oportuno esse esclarecimento de João Paulo , pois a narrativa usada por quem manipula e deturpa as informações negando a ciência e favorecendo ideologias estupidas é exatamente usando o argumento do risco da miocardite pós vacinação . João Paulo , pelo seu indiscutível conhecimento médico , tem autoridade de sobra pra desmentir essas bobagens que planta medo e insegurança nos pais.

  2. João Claudio diz:

    Os cerebrados tomam vacina para se prevenir contra o vírus.

    Os descerebrados preferem tomar remédios para matar piolhos.

    E assim caminha a humanidade.

    Por falar na humanidade, me lembro como se fossr houe, Adão implorou a Eva para não comer a porra da maçã.

    A loira burra comeu e a partir de então o quadro da desgraça começou a ser pintado.
    Ainda não foi concluido porque Adão perdeu o pincel, digo, porque EUA, Coreia do Norte e Rússia ainda não partiram para as iminentes ‘bofetadas’.

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