Um novo e enorme palanque
A partir do dia 19 de agosto, Mossoró vai testemunhar uma nova situação em se tratando de disputa eleitoral. Terá acesso ao chamado "palanque eletrônico".
A novidade é possÃvel em face de existência de uma TV aberta (TV Mossoró) e da TV Cabo Mossoró (TCM). A partir da fonte de geração, o guia eleitoral ensejará a participação dos candidatos a prefeito e à Câmara de Vereadores.
Existem duas correntes de pensamento quanto à discussão em torno da força do programa eleitoral. Uma considera que existe audiência suficiente para produzir efeito decisivo no voto. Outra entende que o desinteresse é maior do que a conhecida força desse meio de comunicação de massa.
O guia eleitoral em Mossoró deverá ter audiência própria das novelas globais, em dia de capÃtulo final. Não tenho dúvidas. A máxima de Charles Chaplin de que "a vida é um fato local" vai se confirmar. Por ser novidade, o programa provocará interesse para acompanhamento diário.
A pergunta natural, a partir da confirmação de que haverá o palanque eletrônico, é essa: qual o efeito da propaganda no voto do eleitor?
O cronista Stanislaw Ponte Preta dizia que a TV era uma "máquina de fazer doido". Sua constatação foi cunhada no inÃcio dos anos 60, pouco tempo antes de morrer. Imagine o que diria hoje. Em se tratando de campanha eleitoral, ela faz e desmancha candidaturas. Depende do seu uso.
Um bom programa de TV decidirá pelo menos quem não vai ganhar’as eleições. Nenhum concorrente à prefeitura ou à câmara pode abrir mão da oportunidade de estar na casa de milhares de pessoas, dos mais diversos matizes sociais, em situação tão confortável.
Sem direito a showmÃcio, distribuição de cachaça e cachorro-quente, o candidato tem no guia eleitoral a oportunidade de compensar a falta de povo em suas reuniões populares. É agarrar a oportunidade.























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