Essa é uma semana de reuniões tensas nos intramuros da Câmara Municipal de Mossoró. O encolhe-estica, as discussões, tentam adequar o legislativo à realidade de seu numerário, ou seja, repasse mensal do duodécimo (recursos constitucionais a seu funcionamento).
Um dos pontos nevrálgicos é o custo abissal de 68 cargos comissionados criados na atual gestão e uma série de contratos com terceirizados, prestadores de serviços etc.
O gasto com cargos comissionados em abril deste ano passou de 328 mil reais, enquanto que em meados de 2021, por exemplo, início da legislatura, não chegava a 100 mil reais. As contas são públicas.
As dívidas há tempos fazem corrosão crescentes nas finanças, comprometendo até direitos trabalhistas e previdenciários.
A Câmara Municipal de Mossoró recebe mensalmente, em 2024, mais do que empalmava em anos anteriores na atual legislatura, mesmo tendo que cumprir acordo judicial para devolução do que recebeu indevidamente. Porém, houve engorda considerável de despesas.
Matemática simples, sem rodeios. Não cortou gorduras desnecessárias e a conta não fecha, logicamente, para pagar o elementar. Inversamente, é assim que funciona na vida doméstica, numa empresa privada e deveria ser na Câmara Municipal de Mossoró.
A distância entre o PowerPoint (programa utilizado para criação/edição e exibição de apresentações gráficas) e a realidade contábil é abissal.
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