Decidido: não haverá greve de professores na Universidade do Estado do RN (UERN). A posição foi tomada nesta terça-feira (6), após mais de 3 horas de assembleia geral da categoria na sede da Associação dos Docentes da UERN (ADUERN).

Assembleia geral aconteceu nesta terça-feira (Foto: Aduern)

A votação dos associados apontou maciça reprovação à proposta de indicativo de greve, levantada pela direção da entidade. Por 169 a 60 votos, os professores rejeitaram a paralisação.

Na Uern e em redes sociais, os estudantes já tinham se posicionado contrário e havia se formado uma atmosfera carregada contra os professores que cobram reajuste salarial de 15% e implementação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) em patamares racionais.

1) implantação, em 2023, da tabela do PCCR docente com aumento salarial de 5% no salário base, para todas as classes e todos os níveis;

2) implantação, em 2024, da tabela 3, com elevação da titulação: 10% para a Classe I; 26% para a Classe II e 55% para a Classe III;

3) antecipação da tabela 4, de 2025 para 2024, com aumento de 10% no salário base e reflexo nas titulações;

4) assinatura de uma Carta Compromisso perante as categorias docentes e técnico administrativa para, a partir de 2025, construir uma campanha salarial, discutindo a reposição de perdas, dentro das condições garantidas pela autonomia financeira.

Em comunicado, a Direção da Aduern “reconhece que houve avanço na proposta da reitoria e espera que avance um pouco mais no que se refere ao percentual de 2023.”

“Com 5% de reajuste tem professores que terão menos de R$ 300,00 de aumento em seu salário,  o que é um desestímulo, pois não cobre nem a inflação de 2022, que será de aproximadamente 6%”, comentou o presidente da entidade, professor Neto Vale.

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