Símbolo da resistência à ditadura militar, com uma pregação pacifista e humanista, dom Hélder Câmara certa vez foi provocado por um repórter, que tentava embaraça-lo.
– O senhor já foi integralista (seguidor de doutrina política radical de direita), não é mesmo?
Sorriso encancarado, sobrancelhas repuxadas e mão em tom de súplica, o bispo emérito de Olinda não titubeia:
– É verdade, meu filho. Fui e isso me serve de alerta para ter compreensão com o pecado dos outros. É o meu pecado político.
Não satisfeito com o “nocaute” no interlocutor, dom Hélder completa:
– Obrigado por me lembrar disso. É sempre bom relembrar as falhas!
Esse episódio me traz à política contemporânea mossoroense e à omissão perturbadora vivida pela senadora Rosalba Ciarlini (DEM). Inaceitável.
Jacta-se até hoje de ter passado “uma prefeitura organizada” à sucessora Fátima Rosado (DEM), mas o que se testemunha nos últimos anos é um processo de demolição: de epidemia de calazar humano a uma série de denúncias de ordem moral, passando pelo desmanche da malha viária.
Rosalba foi a principal avalista da postulação de Fátima em 2004 e repetiu a dose em 2008. Propagou nas ruas e programas eleitorais que a enfermeira seria “a continuidade” do seu governo.
Essa apologia tem o odor de um crime de lesa-Mossoró. Milhares de mossoroenses foram enganados, vítimas de uma espécie de estelionato políticoeleitoral. A senadora é reincidente: “ofereceu” Fátima Rosado duas vezes como “competente” e “o melhor” para o município, consciente da mentira deslavada que difundia.
Fátima e sua patota não têm condições de gerenciar um carrinho de cachorro-quente à porta do Estádio Nogueirão, em dia de clássico Potiba. Rosalba e seu marido, ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM), sabiam disso desde o primeiro momento em que costuraram a sucessão municipal.
Acreditavam que os incapazes os chamariam para continuarem mandando na prefeitura. Isso não ocorreu.
A empresa pública foi tomada pela esperteza de uns poucos, diante do vácuo de autoridade e inaptidão da enfermeira. Virou corporação familiar, privada.
Mossoró vive a “Era das Trevas”. Contudo em nome da obsessão pelo cargo de governador do Estado, a senadora (e o marido) sai pela tangente, como se fosse inocente nesse butim. Evita até mesmo se pronunciar em favor dos seus próprios seguidores. Centenas deles foram demitidos e sequer receberam sua solidariedade.
Diante dessa situação, é esperar para ver o que Rosalba vai nos “vender” em 2010. Com esses antecedentes, eu não compraria um carro usado da senadora. Falta-lhe a humildade de dom Hélder, um mea culpa saneador.
Mossoró aguarda esse gesto.
Caro colunista, sinto em dizer que a Rosa proclamou o nome da enfermeira, solicitando votos para a esta, porém, ela não pediu para que essa patota que tá aí, fizesse o que estão fazendo. Também, não é obrigado pelo fato dessa enfermeira ter ganhado a eleição mais uma vez, ter que continuar com os mesmos secretários, tava na hora de ex.: Dorinha Burlamaqui sair, já tinha passado mais de 10 anos ganhado às nossas custas, tava na hora de Fatima Moreira também saír, entre outros… Dando oportunidade a outrem. O fato é que, avalista são vários os que caem nessa cilada, porém, poucos são os que dela consegue sobresair. Será que o senhor nunca foi avalista de alguem? e que essa pessoa vos deu trabalho para sanar tal situação?
Pois bem, a propria senadora já admitiu a burrice que fez, agora anda costurando o nó de outro forma, mesmo sabendo que o prefeito de fato é o primo de seu maridão. Mas, saiba, ela tá contando nos dedos o término desse ultimo mandato de Gustavo. Pois ela não o aguenta mais.
Bom eu aqui de minhas bandas Carlos Herzog Santos, torço não só pela saida do irmão, primo, marido, cunhado ou coisa parecida, eu quero é que saia todos os rosados, que venha gente nova, fora oligarquias, familias etc, SARAVÁ CAMBADA, NOSSA CIDADE, NOSSO ESTADO NÃO MERCE ISSO.
Viva o CEARÀ, SERGIPE, PERNANBUCO, estados liberto de oligarquias.
nada surpreende, são todos rosados,mesmo sangue, só brigam em publico para enganar os bestas…. mas estão todos em …. e são todos, TODOS, doentes por poder.
Olá Carlos, E se o carro que a senadora fosse vender fosse um Fiat Uno em que na eleição para o senado ela fez a famosa DOAÇÃO a um tal de chicão em troca de apoio politico?????
Concordo com todos comentários feitos acerca desta nota e acrescento mais um crime que repercutiu pouco ou não repercutiu em nossa terrinha. Trata-se da falência do Abatedouro. Conheço muito bem a história do mesmo, desde a sua construção. Se o mesmo era inviável, então por que não foi privatizado???, optaram pelo sucateamento do mesmo e não calcularam o quanto a cidade perdeu moralmente e financeiramente.
Esqueceram também que o Abrigo Amantino Câmara ( uma das obras sociais mais importantes da cidade, é detentor de uma pequena parte acionária do mesmo ). Fazer o que????, um São João é mais importante que a saúde pública. Certamente, R$3.000.000,00 salvariam a Empresa.