• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
domingo - 06/06/2021 - 06:40h

Dom Pixote

Brincadeira, crianças brincandoPor Marcos Ferreira

Quando eu nasci, mais ou menos como foi dito ao poeta Carlos Drummond, “um anjo torto desses que vivem na sombra disse”:

— Vai, menino feio, ser besta na vida!

E, obediente que era, acatei a ordem. Mas fui sem saber que tal besteira (bisonhice, ingenuidade, inocência) me acompanharia por tanto tempo. Assim, durante anos a fio, desde a minha infância até a idade adulta, comecei a colecionar insucessos, a ser passado para trás e ficar em desvantagem em quase tudo que me propus a fazer.

Em se tratando de futebol, por exemplo, eu era o reserva do reserva de time lanterna. Quanto ao vôlei, todavia, algumas façanhas me orgulham. Quiçá daqui a pouco, por imodéstia ou simples falta de pudor, eu decida contá-las.

— Vai, menino feio, ser besta na vida!

Minha infância toda transcorreu no bairro Bom Jardim, que de bom e de jardim não tinha muita coisa. Não ao menos naqueles anos de chumbo e de fome. Foi o que eu disse. Embora feliz, pois precisava de tão pouco para me sentir feliz, tive uma infância de escassez e privações. Infância severina, para citar João Cabral.

Nem sei por que narro esses fatos, correndo o sério risco de me acusarem de coitadismo. Ocorre, porém, que não posso negar ou maquiar minhas origens.

Fui menino bobo, sim. Desses que os outros meninos botavam facilmente no bolso, passavam-me a perna e me faziam de gato e sapato. Qualquer moleque com peito de frango batia minha poeira, esfregava o dedo no meu nariz e eu não emitia sequer um muxoxo, medroso que eu era. Ou ainda sou. Jamais topei briga, sair no braço com nenhum desafiante, por menor que este fosse.

Primogênito de uma prole de onze filhos (restam nove) do sapateiro Vicente Ferreira de Sousa e da senhora Marilda Pereira de Sousa, conhecida por dona Branca, eu morava na Avenida Alberto Maranhão, 3521, em casa alugada. De um lado, enérgico, de personalidade forte, residia o pedreiro Zé Pereira, esposo da senhora Conceição.

Do outro, comerciante e professor de matemática, o senhor Odílio Mendonça, marido de dona Graça. Na residência deste casal funcionava o “Mercadinho O Jaburu”, bodega sortida e notória no bairro, a exemplo da histórica “Panificadora Canindé”, administrada por Luiz Serafim, esposa e vários filhos.

Era, ao menos para mim e meus irmãos, uma tortura o cheiro que emanava daquela panificadora, sobretudo no período da tarde, pois havia muitas ocasiões em que não tínhamos dinheiro para adquirir aqueles deliciosos produtos. De outras vezes, por camaradagem do senhor Luiz Serafim, comprávamos algumas iguarias no fiado. Mas o fornecimento era suspenso em algum instante por inadimplência. Em seguida, quando meu pai pagava a conta, reabria-se o crédito.

Naqueles anos de 1970 a 1982, além de sapateiro, meu pai consertava máquinas de costura e aparelhos de rádio e televisão. Ele fizera curso por correspondência através do pioneiro Instituto Radiotécnico Monitor, contudo não se estabeleceu em eletrotécnica. Firmou-se mesmo no fabrico semiartesanal de calçados. Meu pai faleceu com apenas cinquenta e quatro anos de idade, morto pelo álcool e pelo fumo, e minha mãe sofreu infarto fulminante aos sessenta e dois anos.

— Vai, menino feio, ser besta na vida!

Àquela época, sem luz elétrica nem água encanada, nossa casa se constituía quase toda de taipa, pau a pique, possuindo de tijolos tão só a parede frontal. A rua também era de barro. O pavimento de paralelepípedos começava a partir do cruzamento da Rua Delfim Moreira com a Alberto Maranhão, em direção ao Centro. Da Delfim Moreira para baixo era tudo areia, chão descoberto.

Gostávamos daquilo. Nós, meninos alados, sonhadores, preferíamos a rua de terra, que favorecia diversos tipos de brincadeiras, como o futebol com traves mirins, jogado com bola menor e que quicava menos.

Careço destacar que ali o trânsito de veículos, de carroças, bicicletas e pedestres era mínimo. Usávamos uma bola Dente de Leite que se furara (daquelas brancas e mais espessas) com uma Canarinha (fina e na cor vermelha) por dentro da primeira. Porque nesse tempo, evidentemente, não dispúnhamos do que hoje pudesse equivaler a uma bola de futebol de salão, em couro. De maneira alguma. Nossas bolas (perdoem a conotação genital) eram de plástico ou de meia.

Além de bangue-bangue com revólveres que forjávamos com pedaços de madeira ou tábuas, brincávamos de Tarzan, de Zorro, de esconde-esconde, garrafão, bandeirinha e sete pecados. Esta última diversão era a que mais me dava medo, pois aquele garoto que ficasse em último lugar na disputa (fiquei em várias oportunidades) receberia, de cada participante, sete boladas nas costas.

— Vai, menino feio, ser besta na vida!

Pois é, eu me saía mal em muitos daqueles recreios e atividades lúdicas. Perdia no jogo de três pequenos buracos no chão, dentro dos quais devíamos acertar bolinhas de vidro, ou gude, em apostas com dinheiro representado por carteiras de cigarro vazias. Desmontávamos as embalagens e apostávamos como se estas fossem moeda corrente: Arizona, Marlboro, Continental, Minister, Advance, Carlton, Vila Rica, Chanceller, Hollywood… Cada marca correspondia a um valor monetário. Em outros momentos eu chegava a perder as próprias bilhas de vidro.

Então, senhoras e senhores, eu era um pixote clássico. Um senhor pixote! Ou, se preferirem, usando um tipo parodístico de eufemismo, posso me autoproclamar Dom Pixote. O que me dizem?! Não soa tão bem quanto o Dom Casmurro ou Dom Quixote, claro, mas deixo aqui este gracejo pomposo.

No voleibol, entretanto, eu não era pixote. Pelo contrário. A partir de 1990 a 2015, contrariando todas as expectativas, destaquei-me como craque nessa modalidade esportiva, especialmente por contar com apenas um metro e sessenta e sete centímetros de altura. Apesar disso, com uma impulsão notável, pois saltava quase um metro, eu tocava o terror nas competições amadoras no Conjunto Santa Delmira e alhures. Voava tanto em quadras de areia quanto de alvenaria.

O quê?! Mentira?! Exagero da minha parte?! De modo algum. Eu era impossível. Falavam até que eu tinha molas nos pés.

Para afiançar o que digo, se duvidam, aí estão, entre outros, meus colegas de voleibol e circunstantes Kléber Nogueira, Vanderlei Lima, Franklin Luiz, Ranniere Maia, Djair Eduardo, Marcos Gondim, Alcimar Jales, Vanildo Marques, Anchieta de Albuquerque, Ricardo Nogueira (este formava dupla comigo nas quadras de areia) e os irmãos Marcos e Nilson Rebouças. Foi de Marcos Rebouças, aliás, esta ideia: “Fale sobre sua história com o vôlei numa dessas crônicas”.

Missão dada, amigo, missão cumprida.

Quem sabe daqui a mais um tempo, após a pandemia e com dez quilos a menos, eu retome minhas proezas enquanto amador e amante do voleibol. Agora voltemos à literatura. Um certo dia, talvez por compaixão ou remorso, aquele mesmo anjo torto que vive na sombra chegou ao meu ouvido e disse:

— Vai, rapaz besta, ser escritor na vida!

E eu, ainda obediente, acatei a ordem.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica

Comentários

  1. Amorim diz:

    Chorei; de felicidade!
    Voce fez me lembrar
    minha infancia, descrito com emoção.
    Com ” inveja” e admiração meus sinceros agradecimentos.
    Ps. “Inveja” pois não tenho capacidade de escrever, mas pelo menos não perdi a capacidade de me emocionar!
    Um abraçaço!
    Sim, Caetano Veloso que de uma briga com Paulo Francis fez a música Reconvexo, cuja a letra só entendi há pouco.
    Vai ser inteligênte na” baixa da égua” rsrs

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Prezado Amorim,
      Boa tarde…
      Grato por suas palavras de incentivo e por seu inteligente comentário, contextualizado coisas de um passado já distante com outras de agora. Você não tem que me agradecer por nada. Eu que lhe agradeço pelo depoimento e participação neste espaço prestigioso e plural. Fico feliz que a minha crônica tenha lhe tocado de forma positiva. Até o próximo domingo.
      Cordialmente,
      Marcos Ferreira.

  2. Fernando diz:

    Excelente!

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Caro Fernando,
      Boa tarde…
      Obrigado, mais uma vez, por sua leitura e opinião sobre estes meus escritos dominicais.
      Forte abraço,
      Marcos Ferreira.

  3. Odemirton Filho diz:

    Meu caro amigo, a vida dura forjou um excelente mago das
    palavras e, por um tantinho de nada, quase um jogador da seleção de vôlei de Bernardinho. (Rsrsrs).
    Minha reverência, Dom Pixote.
    Abraços!

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Querido Odemirton,
      Boa tarde…
      Grato, mais uma vez, por sua leitura e depoimento. Toda vez que começo a escrever uma crônica para este espaço de opinião, informação e cultura do Carlos Santos, devo confessar que penso no privilégio que é contar com um leitor e cronista do seu naipe acompanhando estas minhas páginas. Isso faz crescer a responsabilidade, porém é um “combustível” importantíssimo.
      Forte abraço,
      Marcos Ferreira.

  4. Raniele Alves Costa diz:

    Marcos !
    Você narrou não só parte da sua vida mas de milhares de jovens e crianças que tiveram a mesma alegria e dificuldade que você passou, esse texto também me levou a lembrar da minha infância que não foi muito diferente da sua , lembro cada detalhe citado pois fui morador da Beira do rio Mossoró e as brincadeiras e banhos no rio eram só alegria.
    Obrigado e até domingo.

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Prezado Raniele Alves,
      Boa tarde…
      Além de sua leitura e depoimento construtivo, alegra-me saber que você se identificou com este fragmento da minha história exposto nesta crônica de domingo.
      Até domingo e um forte abraço”
      Cordialmente,
      Marcos Ferreira.

  5. Francisco Amaral CAMPINA diz:

    Beleza vai fazer a turma do vôlei voltar no tempo.

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Querido amigo Francisco Amaral,
      Boa tarde…
      Aqueles foram tempos idos e vividos com muita intensidade e alegria. Como na canção de Roberto: “Velhos tempos, belos dias”.
      Forte abraço e até o próximo domingo.
      Marcos Ferreira.

  6. Gualter Alencar do Couto diz:

    Parabéns 👏👏👏 poeta você sempre em destaque 👏👏👏👏 para mim um dos melhores na escrita do RN.

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Prezado poeta Gualter Alencar,
      Boa tarde…
      Obrigado pela leitura e participação neste espaço. Você também é parte inquestionável da literatura de Mossoró e do RN.
      Um grande abraço e até o próximo domingo.
      Marcos Ferreira.

  7. Aluísio Barros de Oliveira diz:

    Sempre majestoso. Ser da linhagem dos “tortos na vida” parece ser destino para os q captam e partilham o sensível. Me parece q “menino é menino em qualquer rua de areia”, pois nos terreiros do Apodi, também era assim. Bela crônica. Domingo feito.

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Querido poeta Aluísio Barros,
      Mais uma vez, você me faz ganhar o domingo com suas palavras gratificantes e participação neste espaço. Você, como poucos, conhece bem a nossa condição de anjos tortos, de ser gauche na vida e na arte da escrita.
      Até domingo e um forte abraço!
      Marcos Ferreira.

  8. VANDA MARIA JACINTO diz:

    Olá, querido amigo Marcos!

    Adorei a sua crônica, e em muitos momentos me vi caminhando pelas minhas sendas… Foram os percalços da vida, que nos fizeram fortes ao ponto de chegarmos aqui! Que felicidade! Parabéns!!

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Querida poetisa Vanda Jacinto,
      Já estou mais que viciado, e não menos orgulhoso, pelo seu acompanhamento e por esses feedbacks que você emite sobre meu exercício literário. Você, permita-me a indiscrição, tem pleno conhecimento de causa quanto aos “percalços da vida, que nos fizeram fortes ao ponto de chegarmos aqui!”. Muito grato por sua leitura e participação neste periódico.
      Cordialmente,
      Marcos Ferreira.

  9. Alcimar Jales. diz:

    Meu grande amigo,e irmão.Marcos Ferreira.
    Quantas lembrança boa,.De fato vc era um péssimo jogador de futebol. No entanto, um excelente jogador de vôlei. Tenho várias recordações das noites q jogávamos vôlei no Santa Delmira, quando voltamos pra casa, sem dinheiro para fazer um lanche e víamos os bares lotado. Kkk um dia vou ter dinheiro para sairmos como essas pessoas..Um forte abraço meu irmão e obrigado por te me incentivado a jogar vôlei, que por sinal, fui melhor q vc. Kkkkkkk.

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Querido amigo Alcimar Jales,
      Boa tarde…
      Você, além de colega e testemunha daqueles nossos bons tempos de voleibol, no Santa Delmira e na praça do Abolição IV, é um irmão de espírito, amigo da nossa família desde 1912. Grato pela leitura e comentário sobre esta crônica saudosista. Espero que qualquer dia você fuja por algum tempo da Pauliceia e venha visitar sua Mossoró e abraçar os amigos que aqui deixou há tantos anos.
      Forte abraço,
      Marcos Ferreira.

  10. Roche Neto diz:

    Planejando o nosso amigo Aluísio Barros, “ganhei o domingo”! Aprendi a fazer bolas de meias desde minha infância nas ruas do meu torrão berço Portalegre, dei continuidade ao aprendizado quando daquela serra desci para vir disfrutar das mesmas peraltices na rua Melo Franco, 983 , aqui na amada Mossoró, mais uma vez amigo Marcos, você nos remete ao um passado sádio de onde só temos boas recordações, foi com os pés descalços pra poupar as borrachas das alpargatas que aprendemos amar esta nossa pátria Mossoró, seu chão quente não nos causava medo e nem doença, hoje o chão encoberto por pedras e asfalto nos causa pavor motivado pela insegurança, violência e falta de humanidade.
    “Vai, rapaz besta, ser escritor na vida!” Devemos agradecer a Deus por este “rapaz besta” existir!!!!
    P.S. Você é do naipe dos grandes jogadores Romário e Maradona, baixinhos mais atrevidos vencedores. 👏👏👏🤝🤝🤝

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Meu caro Rocha Neto,
      Que bom que, mais uma vez, por meio desta crônica saudosista, consegui tocar o seu coração, sensibilidade e memórias pueris. Um ótimo domingo para você e sua família, saúde e paz.
      Abraço fraterno deste “Dom Pixote” Marcos Ferreira.

  11. Francisco Nolasco diz:

    Mais uma Crônica preciosa!
    Marcos Ferreira, talentoso e genial.

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Caro poeta Francisco Nolasco,
      Você, meu amigo de longa data, de letras, de paixão pela literatura, muito me honra com a sua amizade e grandeza enquanto poeta e ser humano. Obrigado por suas palavras e participação neste espaço. Minha gratidão, também, ao nosso amigo e leitor João Bezerra de Castro, pessoa de rara sensibilidade e grandeza intelectual.
      Forte abraço,
      Marcos Ferreira.

  12. Gustavo Luz diz:

    Marcos Ferreira, nosso grande escritor, voltando as suas crônicas dos domingos, tornando esses dias menos enfadonhos com o prazer da leitura, parabéns poeta, todos nós fomos pixotes por essas bandas empoeiradas do nordeste, mas cheios de sonhos e esperanças…

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Valeu, caro poeta Gustavo Luz,
      Muito bom contar com a sua leitura e feedbacks também neste espaço de opinião, informação e arte. Saudades das nossas conversas sobre literatura regadas com boas doses de café.
      Cordialmente,
      Marcos Ferreira.

  13. Fabio diz:

    Escreve fácil e bonito. Parabéns!

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Prezado Fábio,
      Boa tarde.
      Grato pela leitura e mensagem de estímulo.
      Forte abraço e até o próximo domingo.
      Marcos Ferreira.

  14. Rocha Neto diz:

    Corrigindo* Plajeando Aluísio Barros…

  15. Airton Cilon da Silva diz:

    Muito bom poeta e escritor. Somos da mesma safra e da mesma vida Severina. Também morei nas adjacências do bairro Bom Jardim. Mais precisamente na rua: Marechal Hermes 1719 bairro Barrocas. Lembro-me de minha saudosa vozinha mandar eu e meu primo compra meia garrava de gás pra lamparina, meia libra de açúcar, meia barra de sabão. Era costume nessa época, à vende de cereais em retalho nas bodegas de antigamente Tudo era contado e mirrado. Lembro de buscar água com minha avó no poço, empurrando a roladeira… Era uma festa, um lúdico encantamento.

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Prezado poeta Airton Cilon,
      Artista multifacetado…
      Você, antes de tudo, é um forte, um lutador, um sobrevivente. Assim como eu, sem berço esplêndido, sem capitania hereditária, você cresceu e se fez notar por força da sua arte e natureza resiliente. Grato pela leitura e por seu tocante depoimento. Até o próximo domingo e uma ótima tarde/noite para você.
      Cordialmente,
      Marcos Ferreira.

  16. Valdemar Siqueira Filho diz:

    Lindo texto, o problema é ter coragem para dizer o passado, dizer as inadequações que nos humanizam, não sem motivo a lembrança de Dom Casmurro e Dom Quixote sejam exemplares. Parece que quanto maior é alguém em uma área, maior é seu desastre na vida em geral. Nasci e cresci na periferia de São Paulo, ela me forjou acolheu e esfregou na cara minhas debilidades, com ela aprendi: sou uma coisa só, minhas fraquezas são a identidade para dentro, para mim e minha habilidade é a identidade para fora, para os outros. Grande abraço, parabéns.

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Querido amigo Valdemar Siqueira,
      Boa tarde…
      Como sempre, com sua agudeza de espírito, sensibilidade, você acerta na mosca. Pois não é tão simples trazer à baila um passado que, ao mesmo tempo, tende a nos encher de saudosismo e nos machucar. Entretanto, como costumo dizer, devemos contar a nossa história tal qual ela de fato aconteceu. Do contrário, amigo, a coisa vira ficção. Grato, mais uma vez, por sua leitura e participação neste espaço. Forte abraço e até o próximo domingo.
      Marcos Ferreira.

  17. Vanildo Marques da Silva diz:

    Tenho um grande apreço por este amigo Marcos Ferreira 🙏
    Um exemplo de ser humano e Atleta dos bons onde tive a honra de jogar com ele 💪
    Hoje continue jogando no Hotel thermas 💦 de Mossoró estou no aguardo do seu retorno meu grande amigo.

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Querido amigo Vanildo Marques,
      É uma alegria consultar este espaço reservado à opinião dos leitores e deparar com esse seu carinhoso depoimento. A recíproca em relação à sua pessoa é extremamente verdadeira. Uma honra para mim, meu caro, ser seu contemporâneo e partícipe na história do voleibol em Mossoró, esporte este no qual você é referência nesta cidade.
      Forte abraço e até domingo.
      Marcos Ferreira.

  18. David Leite diz:

    Parabéns Poeta!
    David Leite

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Caro David Leite,
      Grato pela leitura e acompanhamento de minhas crônicas dominicais no Blog Carlos Santos.
      Cordialmente,
      Marcos Ferreira.

  19. Marcos Aurélio de Aquino diz:

    Meu amigo, vc me proporcionou uma viagem de volta à minha infância, também humilde e sem muitos recursos, mas explorando a criatividade e imensamente feliz. Vc é um mágico das palavras, seus textos nos remetem aos mais longínquos recantos.

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Caro Marcos Aurélio de Aquino,
      Boa tarde…
      Você, a exemplo de outros amigos leitores, tem intimidade com a temática desta minha crônica saudosista, com os perrengues e divertimentos que “meninos alados” como nós experimentamos sem perder a alegria e a capacidade de sonhar com dias melhores. Muito obrigado pela leitura e participação neste espaço.
      Cordialmente,
      Marcos Ferreira.

  20. Marcos diz:

    Meu grande amigo Marcão, impossível ler e não ver a si próprio nessa crônica, quantas lembranças boas, com diz a letra da Legião Urbana “Temos nosso próprio tempo”. Obrigado pela citação, e como não poderia deixar de ser, excelente texto….
    Vale lembrambrar que antes da pandemia tivemos alguns jogos e você se mostrou em forma ainda, voltaremos aos jogos com certeza , agora fiquei na dúvida se Marcos Fereeira é um jogador escritor ou um escritor jogador ?? Grande abraço meu amigo !!!!!

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Querido amigo Marcos Rebouças,
      Estou muito feliz com a possibilidade de podermos retomar os nossos “rachinhas” no voleibol. Quem sabe num futuro bem próximo. A saudade é grande. Vou começar minha preparação física e psicológica, o que implica na perda de dez indesejáveis quilinhos adquiridos graças ao efeito colateral de alguns cachetes. Saudade, também, do nosso cafezinho vespertino aí na loja. Aguardem-me, portanto, que esta semana darei o ar da graça. Avise a Nilsinho.
      Forte abraço,
      Marcos Ferreira.

  21. Rizeuda da Silva diz:

    Sua beleza é captada pelo olhar, de alguém que viveu e vive seus fantasmas, mas que em algum ponto do trajeto decidiu mudar o destino, e tornar-se um grande escritor. Revivi muito da minha infância com seu relato, e acredite existiram muitos garotos e garotas “Dom Pixote”espalhados pelos quatros cantos do planeta. Você é mais duro do que besta, amigo. Tenho orgulho e admiração pela sua pessoa e sua escrita. Parabéns, nobre e amado escritor/poeta. Abraço, pequeno grande homem, aqui das bandas do Norte. 👏👏👏👏

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Querida amiga Rizeuda da Silva,
      É uma grande alegria, uma honra absoluta, saber que, daí de sua distante Monte Negro, estado de Rondônia, você tem acompanhado as aventuras literárias deste seu amigo Dom Pixote. Que depoimento lindo este seu, minha doce amiga! Equivale a um cafuné, um afago na alma. Você não é nenhuma pixote no manejo das palavras, sabe empregá-las com admirável sobriedade, precisão e delicadeza. Muitíssimo obrigado pela leitura e presença neste espaço que transpõe fronteiras e aproxima corações. Forte abraço e até domingo.
      Cordialmente,
      Marcos Ferreira.

  22. Cristiane dos Reis Braga diz:

    Forjado no sol de Mossoró, poeira pelas canelas, barriga aflita e cabelos ao vento. Voa, meu amigo. Que o vôlei seja só o prenúncio. Estarei sempre na sua torcida.

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Amiga Cristiane dos Reis,
      Boa tarde…
      Grato pela leitura de mais esta crônica, você que desde há muito é fiel torcedora de minha jornada e disputas nos certames literários. Presença benigna, encorajadora e preciosíssima. Obrigado por tudo.
      Um beijo grande e uma ótima semana para você e Israel.
      Marcos Ferreira.

  23. João Bezerra de Castro diz:

    O vôlei não consagrou o atleta Marcos Ferreira para o bem da literatura.
    A crônica Dom Pixote é o retrato de minha infância/ adolescência, com carências, sofrimento, dor, mas também com muita felicidade.
    Uma viagem que só um grande escritor pode nos proporcionar, retirando de nossa mente recordações há muito tempo adormecidas.

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Caro João Bezerra de Castro,
      Boa tarde…
      Fico por demais contente com a sua leitura e depoimento neste espaço de informação, opinião e cultura. Agora, com mais um leitor do seu naipe, inteligência, agudeza, a minha responsabilidade enquanto cronista dominical só aumenta. Espero continuar correspondendo e fazendo valer a pena o tempo dedicado ao exame destes meus escritos.
      Respeitosamente,
      Marcos Ferreira.

  24. Simone Martins diz:

    Caro Marcos Ferreira,
    Nota-se, em seu fazer literário, uma extrema sensibilidade, aguçada pelas intempéries a que a vida o submeteu! A leitura torna-se fácil, gostosa e prazerosa porque é carregada de verdade, talento e fatos comuns à vida dos Pixotes daquela época!
    Parabéns, grande Marcos!

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Querida Simone Martins, minha eterna professora.
      Boa tarde…
      É verdade que certas intempéries, certos percalços e cruezas com os quais me deparei ao longo da vida, como acontece com tanta gente por este mundo afora, tiveram (e ainda têm) um efeito catalizador sobre a minha expressão e atividade literária. Não poderia ser de outra forma. Pois apenas externo, com o cuidado de não descambar para a pieguice, melosidade, experiências vividas e sofridas, coisas boas quanto coisas ruins. É gratificante, contudo, que a soma dessas vivências, ora transpostas para a literatura, resultem numa escrita permeada pelo mínimo de arte literária. Isto, por meio de depoimentos como este seu, representa uma grande recompensa e encorajamento.
      Forte abraço e uma ótima semana para você.
      Marcos Ferreira.

  25. Q1naide maria rosado de souza diz:

    Marcos, que beleza de Crônica. Chorei. Vivi os seus momentos em cada ponto. A sua infância é poesia. A minha é falta de ar, numa asma cruel. Daí o choro por motivos diversos. Com todos os percalços, você podia correr, jogar, mesmo que perdesse, era livre!
    Assim como você no vôlei, também ganhei meu espaço quando a asma me deixou. Nado como peixe, independentemente da idade. Sou master. Parabéns!

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Prezada Naide Maria Rosado de Souza,
      Boa tarde…
      Além de me honrar com a sua leitura, você me brinda com um depoimento extremamente sensível e valioso. Todos nós, independente das condições familiares, econômicas, deparamos com a nossa cota de percalços ao longo da vida. Fiquei muito satisfeito, além de grato por sua leitura e participação neste espaço de comentários, com a sua volta por cima em relação à asma. E mais feliz por você revelar que nada “como peixe, independente da idade”. Isso é maravilhoso!
      Um grande abraço e uma ótima semana para você.
      Marcos Ferreira.

  26. Misherlany Gouthier diz:

    Que maravilha de crônica, Marcos! Que memórias vem aflorando em sua brilhante caxola, onde a crueza da realidade traz ao presente nomes que conheci – uma vivência por demais sofrida, mas que o heroísmo da superação fê-lo ser esse grande ser humano que é você. Forte abraço amigo!!!

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Caro amigo e confrade Misherlany Gouthier,
      Fico feliz que continue de olho neste Blog Carlos Santos, particularmente nestas paginas dominicais que meu editor tem a gentiliza de torná-las públicas. Espero continuar sustentando essa peteca, fazendo valer a pena o tempo que os amigos leitores têm dedicado a estas crônicas de eterno aprendiz de escritor.
      Cordialmente,
      Marcos Ferreira.

  27. Luiza Maria diz:

    Adorei, querido amigo. Sua escrita sempre me faz bem. Gostoso de ler e ainda me deixou morrendo de saudades desse menino besta. Beijos carinhosos!

    • Marcos Ferreira de Sousa diz:

      Querida amiga Luíza Maria,
      Bom dia…
      Fico enormemente feliz que tenha se identificado com o texto, com esta crônica de meninices e nostalgia. Saudades de você também, amiga. Qualquer dia desses haveremos de nos encontrar para um café e um dedinho de prosa, com os devidos cuidados que este pesadelo pandêmico nos impõe. Beijo grande e até domingo.
      Marcos Ferreira.

  28. Claudia Tomé diz:

    Bela crônica. Diz do cotidiano de muitas crianças e jovens do chão nordestino, de famílias humildes, de uma infância cheia de liberdade e inocência.

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