A audiência pública promovida hoje na Câmara Municipal de Mossoró, sobre caos na obstetrícia no município, deveria ser exibida no guia eleitoral. Voltamos à barbárie.
Segundo o médico Manoel Nobre, do Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, por lá estão selecionando quem pode nascer ou morrer.
A intervenção judicial da Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR) agravou a situação. Há casos de óbitos.
As mães abonadas têm seus filhos em Natal ou Fortaleza. As mães sem igual sorte sofrem com seus bebês.
A quem caberá o título de novo “Herodes”?
A audiência foi proposta pelo vereador Tomaz Neto (PDT).
Nota do Blog – Conversei com o jornalista Jacson Damasceno da TV Ponta Negra, à tarde de hoje, sobre essa situação. Ele esteve no Hospital da Mulher.
“Eu nunca podia imaginar que isso tivesse acontecendo em Mossoró em pleno século XXI”, exclamou.
“São mulheres dividindo cama, outras em pé, sentadas, mulher com feto morto e podendo morrer. Meu Deus, o que é isso?” – se indignou.
Levou para Natal uma realidade que a propaganda oficial e parte da imprensa disfarçam ou escondem.
Quem está aí surpreso com o caos na saúde Mossoroense. Eu nao estou: Volte no tempo e chegue até o primeiro governo Rosalba. Fim dos anos oitenta. início dos anos noventa. Qual era a prioridade. Construir praças, e calçar ruelas sem saída.
Aí surgiu Fafá, e qual foi a prioridade. construir UBS sem médicos e sem medicamentos. O que nunca faltou foi cabos eleitorais dentro das UBS. Claudia seguiu a mesma metodologia, e Francisco José deu a entender que seria diferente. Mais depois de entregar as direçoes das UBS a vereadores da oposiçao dizendo-se aliados de momento, ficou caraterizado que o Jovem Aprendiz, pode ter jogado fora uma oportunidade que nem sempre se repete, o tempo vai dizer se a análise desse ignorante está errada. Paralelo a este fatos os governos citados gestores e até profissionais da saúde travaram uma disputa desonesta e imoral tomando partidos e praticaram crimes de toda natureza, iverteram prioridades, cuidaram dos seus interesses, e deixaram a populaçao a deriva, com o aval da camara Municipal. Mudaram-se algumas peças no tabuleiros, mais o resultado do jogo sempre foi o mesmo: A derrota da populaçao. Por tudo issso eu os declaro. Testados , aprovado, e condenados. Todos culpados.
Que Deus tenha piedade dos que estão sofrendo precisando de um Hospital.
Algumas frases da reuniao de hoje na Camara nao podem passar em branco: Pena que nao era uma audiencia, e sim uma reuniao.
Segundo Dr Manoel nao existem mais as casa de parto, referindo-se ao HRPM. Sem estrutura, e sem médicos, nem parto normal.
Já a secretária de saúde afirmou que leis nao se discute, se cumpre. Pena que eu nao tive a oportunidade de pergunta-la porque as leis do PSF nao sao cumpridas, e porque o executivo contrata médicos para atuar no PSF com uma jornada de trabalho de 20% da jornada definida Pelo PSF. As 40 horas semanais resume na maioria das UBS em tres ou quatro visitas que corresponde de 8 a 10 horas semanais.
Considero a Sra Leodise uma profissional de grande potencial, apenas esse nao é o seu governo.
A ocupaçao das direçoes das UBS ocupadas por profissionais ( aleios ao quadro da saúde) indicados por vereadores, nao condiz com seu discurso
Já o dr Inavam implorou para que reabrissem a CSDR para ontem. Balbuciou que nao queria polemizar, nem encontrar culpados. Senti na voz do Dr Inavan uma angustia contida como se tivesse carregando um fardo muito pesado, além de suas possibilidades.
Todos sabem que muitos crimes foram cometidos contra a saúde do povo Mossoroense, principalmente contra as mulheres, e que continuam acontecendo. Nos últimos dois plantoes recebemos puérparas com infecçoes típicas da falta de assistencia na Atençao Básica.
Um simples curativo pode fazer toda diferença.
Já falei do esvaziamento do PSF.
Só este fatos definem a necessidade da greve. Agora se após o fim da greve estes fatos passarem despercebidos, vou declarar que a greve foi inoportuna.
A greve é uma realidade, mesmo assim nao vejo por parte do Executivo, nem do Sindicato uma proposta robusta que der segurança, que no próximo ano nao estaremos discutindo uma nova greve.
Sem projeto o futuro da saúde continuará incerto.
Não diacorrerei aqui do direcionamento social, politico ou juridico do caso, mas sim de uma condição feminina, PARIR.
A “hospitalização” do parto, roubou da mulher e do seu filho algo precioso, a relação mãe e bebê que é primordial nesse primeiro momento de vida, o contato, o vínculo estabelecido na hora do nascimento fará toda uma diferença na vida desse novo Ser que nasce, no,entanto, a mulher fica presa á uma maca, enquanto alguém pega seu filho para fazer procedimentos exdrúxulos e desnecessários (qdo o bebê vem em condições adequadas) só voltando pra ela qdo este está limpo e “bem”.
A natureza feminina permite que ela tenha seus filhos sem intervenções médicas, PARIR é saúde, é vida, não é doença, no entanto, as parteiras não existem mais e as mulheres perderam a capacidade de dar a luz, condiconando isso ao outro. Vivemos numa região pobre, cheia de problemas sociais, econômicos, não entendo porque não se resgatam as parteiras, deixando os hospitais livres para aqueles casos onde o risco de morte não permite esperas e escolhas.
Apesar de querer ter parido minhas filhas de forma natural, não consgui pq o “sistema” não permitiu. Mas mulher nasceu para parir naturalmente, a sua natureza permite isso, parte desse problema não existiria se as políticas públicas e a reserva de mercado trabalhasse em prol da saúde.
Parteiras bem treinadas, hospital e médico disponível para os casos urgentes e em pouco tempo teremos uma resposta social bem mais adequada do que o que vemos atualmente.
Pronto… Falei… Sou a favor das parteiras sim, parto humanizado e de preferência no quarto da parturiente!!!! E pra turma do contra digo-lhe, pergunte como sua avó nasceu e olha vc aí, provando que dá certo. Que é o jeito certo de nascer.
Deveria vim a publico porque parte da impresa esconde as noticias importantes…parabens ao blog p informar e divulgar nossa realidade….
Parafraseando Mário Quintana:” Mossoró, antes, era uma grande cidade pequena; agora é uma pequena cidade grande.”
Os TEMPOS mudam. Hoje, uma GESTANTE não quer mais PARIR COM DORES. É um DIREITO DELAS. SENÃO, por que GASTAREM MILHÕES e MILHÕES de REAIS para construírem HOSPITAIS para essa FINALIDADE? PIOR é GASTAREM MILHÕES e MILHÕES com HORAS EXTRAS, E, PLANTÕES de TRABALHO NÃO REALIZADO?. SERÁ que a FINALIDADE PRECÍPUA é ESSA? Enricar cada vez mais DETERMINADAS PESSOAS? SERÁ que as MÃES da ELITE CHIQUE, também querem PARIR COM DORES? Eu acredito que o que está HAVENDO é um TREMENDO JOGO SUJO, da SUJA POLÍTICA do “PAÍS DE MOSSORÓ”.
MPF, MPE, OAB, Autoridadescompetentes não irão intervir nesse drama? Pobre ” país ” de Mossoro! Deus nos proteja e guarde.