Uma máxima muito inteligente, do futebol, diz o seguinte: “Treino é treino, jogo é jogo”. Na política, uma expressão que adaptamos em analogia também deve ser respeitada: “Pré-campanha é pré-campanha, campanha é campanha”.
A menos de um ano das eleições 2018 que vão apontar nomes à Presidência da República, Governo do Estado, duas vagas ao Senado da República, oito à Câmara Federal e 24 à Assembleia Legislativa, pesquisa divulgada esta semana (veja AQUI) pela Federação das Indústrias do Estado do RN (FIERN), trabalho do Instituto Consult (30 anos no mercado), mostra indicadores de “mudanças” na política potiguar.
Mesmo assim, ninguém se precipite a afirmações definitivas sobre esse rumo do pensamento popular coletado, agora, pelo Consult. O comportamento do eleitor é “normal”, dessa lonjura do pleito.
Na verdade, a pesquisa não trouxe nada de novo e surpreendente. Reflete as vozes das ruas – hoje. Cobra-se o novo, o limpo e nomes de fora da política. Inocente, a maioria do eleitor acredita que possa existir política sem políticos, de Brasília ao RN.
A concepção aristotélica de que “o homem é um animal político”, por si só não basta no que somos como República, pseudo-democracia e o que temos como sistema político-partidário. O patriciado de Roma continua encarnado no régio poder oligarca potiguar, do governismo à oposição.
Numa entrevista ao Portal Noar no dia 23 de dezembro de 2013, a menos de um ano do pleito de 2014, o então vice-governador dissidente da governadora Rosalba Ciarlini (DEM, hoje no PP), Robinson Faria (PSD), declarou: “Estão me subestimando”.
Numa pequisa divulgada pela mesma página, no dia 23 de dezembro ainda de 2013, o mesmo Robinson tinha posições distantes do topo (veja AQUI).
Antes, até, em agosto de 2013, pesquisa Band Natal/Consult localizava Robinson Faria com apenas 7,06% (veja AQUI) – em quarto lugar na preferência popular. No final do ano seguinte seria eleito governador do estado. Prometia revolucionário na política e gestão pública. Bem…
Nessa época, as pesquisas também prospectavam indisposição popular com políticos, partidos e política. Com base apenas nesse exemplo, mas outros tantos existem, é que o Blog Carlos Santos observa os números da sondagem Fiern/Consult sem cavilação ou precipitação.
Há uma atmosfera favorável à virada de mesa, à alteração de rumos na política do RN, um dos mais atrasados do país em termos de política, de um eleitorado bastante conservador e em boa parte puxado pelo “cabresto”.
Porém será a própria conjuntura da campanha, com fatores exógenos e endógenes, ou seja, externos e internos, que definirá qual direção e dimensão dessa “revolta” popular contra os políticos, os partidos e a política. Talvez tudo mude para continuar do mesmo jeito.
Se alguém tem dúvida quanto a isso, é só rememorarmos um exemplo recente de “desencanto” popular, ocorrido no estado do Amazonas, que passou por eleições suplementares para escolha de novos governador e vice.
Por lá, apesar de todo esse clima de insatisfação, os concorrentes que foram para o segundo turno representam mais de 40 anos de política no estado, polarizando preferências e arengas.
“Não voto” supera votos válidos no Amazonas no 2º Turno
Branco: 70.441 (4,06%);
Nulos: 342.280 (19,73%) nulos;
Abstenções: 603.914 (25,82%);
Total: 1.016.635 (49,61%).Amazonino Mendes: 782.933 votos (59,21%);
Eduardo Braga: 539.318 (40,79%).* A soma do total de abstenções, brancos e nulos é superior à votação do candidato derrotado e também do governador eleito Amazonino Mendes (PDT).
O eleito foi Amazonino Mendes (PDT, novamente governador), tendo Eduardo Braga (PMDB) como principal adversário. Nenhum nome diferenciado furou esse encouraçado, não obstante maciços votos em branco, nulo e abstenções do eleitorado – reprovando os dois.
Na verdade, a antipatia aos políticos, aos partidos e à política não foi canalizada para ninguém capaz de representar outro caminho, mas para o valhacouto da distância de tudo isso. Foram mais de um milhão de eleitores cravando branco, nulo ou sequer aparecendo para votar.
Essa multidão acabou colaborando para manter no poder quem pensava combater, até porque não viu opção à fuga dessa realidade.
Leia também: O Amazonas está aí para dar o norte (sujos e mal-lavados)
Leia também: Pesquisa mostra reprovação maciça de Temer e Robinson
Diferentemente dos sonhos de muitos, não é tão fácil assim “virar a chave” para o modo “eficiência/honestidade”. O voto não tem esse poder mágico, mas pode concorrer para, pelo menos, o começo do fim de um ciclo que parece esgotado.
Entretanto quem vai decidir é ele: o povo, conforme suas percepções, necessidades e escolhas à disposição – que podem ser piores do que possa imaginar.
Como numa letra de Belchior, cantor/compositor cearense falecido este ano, “o novo sempre vem”. No Rio Grande do Norte, parece que ele está atrasado há séculos.
Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI e o Instagram clicando AQUI.
Não acredito numa mudança na Política potiguar, mesmo as pessoas votando a grande maioria em brancos e nulos, dizem que quando os votos do interior forem computados os votos de Zé Agripino e Garibaldi vão aparecer em grandes quantidades, haja visto é ali onde se encontra os currais eleitorais desses dois perversos Políticos Potiguar.
A verdadeira modificação dos rumos da política vai muito além da mudança de nomes. Infelizmente, a maioria do caciques permanecerão e os “novos” não significarão qualquer alteração no perfil dos “representantes do povo”. Serão apenas nomes diferentes que adotaram a mesma prática eleitoral dos antigos para chegar ao poder. Teremos mais do mesmo, apenas. O problema, que é muito mais profundo do que apenas nomes, está no eleitorado, que sempre vota por interesses individuais e quase nunca pensando no coletivo. E olhe que não estou falando daqueles que pedem só um milheiro de tijolo, não. Tem os grandes intelectuais das universidades, redes sociais, meios de comunicação… que quando estão cara-à-cara com a urna só pensam em quem vai trazer o bom e velho retorno financeiro direto!
O ‘gado’ do interior tá num é e noutro para CONFIRME de novo no ‘novo’: Gari e Jajá. O Lento e o Gripado.
– ♫ Muuuuuuuuuuuuuu ♫ Muuuuuuuuuuuuuuuuuu ♫Muuuuuuuuuuuuuuuuuu
Infelizmente os que vivem abaixo da linha de pobreza e que representam expressivo contingente e são exatamente aqueles que se contentam com os restos que caem das mesas fartas da elite política potiguar. É comum se ouvir os Srs. prefeitos ufanarem-se garantindo votações expressivas nos gabinetes da bancada federal potiguar, não sem antes alegarem que os tais recursos federais liberados via emendas são exatamente para serem desviadas via licitações viciadas para construção de praças, pavimentação, saneamento básico, construção de casas populares e outros meios de escoarem/ rapinarem de forma sutil o dinheiro do erário público. Uma lástima, pois.
“exatamente aqueles que se contentam com os restos que caem das mesas fartas da elite política potiguar. ” Triste verdade do brasil.
Estou no clube dos “desperançados”.
Meus Deus! o que nós fizemos a este país.
A Corte só existe porque nos os colocamos lá.
Em tempo, Deus não tem nada a ver com isso pois Ele é bom.
Tá num pé e noutro.
O poder nutre-se do eleitor igualado ao eleito. Para o bem e para o mal. No caso em tela, mais pro segundo para…Fazer o quê? “Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro”. Lembram de quem disse isso?
A política brasileira sempre foi pródiga em meias verdades, passadas de perna, falsas promessas. E também em trapaças, fraudes, falácias – algo que nós, eleitores, aprendemos a resumir simplesmente como mentiras.
No caso, a nova meia verdade se faz baseada numa pesquisa encomendada pelos tubarões da FIERN. Ora vejam só, a dita FEDERAÇÃO DAS INDUSTRIAS DO RIO GRANDE DO NORTE, faz um questionário dirigido/direcionado, claro, sem nenhum interesse político/partidário e, a partir desse questionario, cria um enunciado do que viria ser o novo paradigma ser seguido pelos ditos e sequiosos eleitres na nova política e da nova Política Potiguar.
Não sei se poderíamos rir ou chorar com tal nova armadilha travestida de pesquisas eleitorais, mesmo porque qualquer cidadão mediano sabe do porquê e qual das reais intenções do Status Quo, mais conhecido como Casa Grande com pomposo nome de FEDERAÇÃO DAS INDUSTRIAS DO RN.,, quando do investimento em tal pesquisa.
Não sei se ainda neste século e (ou) milênia, porem, à meu ver, o realmente novo, quem sabe, só apareça na política, quando o conjunto da sociedade e pro conseguinte o eielitorado, seja daqui e (ou) de outras plagas, realmente possuir condição mínima de exercer sua cidadania e, por via de consequência, puder exercer o mais nobre e decicvo poder cidadão que é o seu voto, que o torna realmente igual a qualquer mega empresário, latifundirio e banqueiro na condição de leitor, precipuamente naquele instante único dentro da solitária urna.
Aí sim, distante das amarras e da da conhecida alienação produzada por pesquisas sob encomenda disseminadas por uma imprensa absolutamente venal e monopolista da dita opinião publicada, quem sabe, possamos, realmente acreditar que o realmente novo da nova política, reside não em qualquer garoto, qualquer senhor de idade ou velho que se paresnete e (ou) apareça como candidato, mas sim, quando população, ela própria, for a mola propulsora a energia principal de qualquer soceidade que se entenda e compreenda suas convicções de independência, soberania e cidadania….!!!
Para que esse caminho, porventura, tenha alguma perspectiva de ser futuramente trilhado, só há duas ferramentas essenciais: EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO DE QUALIDADE, MINIMAMENTE OPORTUNIZADAS À TODOS…SEM DISTINÇÃO DE RAÇA, COR, CREDO E ESTAMENTO SOCIAL!!!
Enquanto isso, o máximo que possamos conseguir, são esparadrapos provisórios na tentativa de estancar, um pouco que seja, sangria permanente, que de fato, ainda ocorre em pleno século XXXI, ou seja, a maioria produzindo e sendo permanentemente espoleada e massacrada em seu mais elementares direitos pelos escravocratas daqui e de alhures, sob os holofotes de uma engrenagem midiática em permanente vígilia a ludibriar enganar os trouxas ditos alfabetizados ou não, com seus encomendados Power Ponts de todas as naturezas e matizes.
Um baraço
FRANSUÊLDO VIERIA DE ARAÚJO.
OAB/RN. 7318.