Vi na TV Senado, esta semana, o professor Décio Munhoz revelar um número esclarecedor. Mas não me surpreendeu.
Segundo ele, que é professor da Universidade de BrasÃlia (UnB), 42% dos municÃpios brasileiros têm o Fundo de Participação dos MunicÃpios (FPM) como 95% de sua receita. Ou seja, não arrecadam praticamente nada de forma direta.
Não é por acaso, pois, que existe uma choradeira em circuito nacional, querendo que o governo os socorra.
Piora o quadro, o fato da maioria dos administradores preferirem o uso do "pires" à mão, em vez da busca de parcerias, controle de custo e profissionalização da máquina arrecadadora. Usar a cabeça dá muito trabalho. Preferem usar a mão.
Na ótica do professor Munhoz, o governo federal vai atenuar a dor dos prefeitos. Entretanto serão medidas aquém do necessário ao pleno saneamento.
Ser administrador com sobra em caixa é barbada. Qualquer um pode ser. Até em Mossoró.
Caro amigo/jornalista Carlos Santos. Uma dessas cidades, provavelmente, que faz parte do universo dos 42%, deverá ser Tibau, concorda? Senão vejamos: o restante dos 5%, que fecha a arrecadação municipal, advem da “cobrança” da famigerada CIP, ou Contribuição que os Idiotas Pagam, aquela da pseudo iluminação pública que, desde 2006, quando iniciou sua cobrança, a cidade arrebatou o tÃtulo de cidade luz, daquela conhecidÃssima capital européia chamada Paris. Achou pouco ou quer mais?