Vejo numa rede de TV, outro retrato da realidade nacional. Uma das muitas sínteses do atraso do pindorama brasileiro como nação, povo em sua plenitude e não apenas massa-gente.
O Brasil forma pouco mais de 26 mil engenheiros por ano. A Coréia joga no mercado um total que passa dos 80 mil e a Índia abusa: são mais de 150 mil.
O motor do desenvolvimento nacional é a educação, não a economia, como muitos bradam. Nenhuma sociedade humana conseguiu avançar como tal, apenas assentada no poder aquisitivo de uma minoria, mas com a prosperidade socializada, a partir da pulverização de oportunidades.
É aí onde entra o conhecimento, a grande chave para a transformação. Não basta apenas tratá-lo sob a ótica primária da alfabetização pura e simples, o ler e escrever canhestramente.
Estandartizar a sociedade, como se todos fôssemos peça de produção em escala industrial, também não é o modelo a seguir. Conhecimento significa mais, muito mais. É a oportunidade para o salto seguinte, o alcance do livre arbítrio, só possível com a consciência plena, a capacidade crítica formada e aguçada.
O Brasil não tem tradição de formar cidadãos. Somos por origem e cultura, um povo vassalo, obediente à tese determinista que praticamente reproduz o sistema de castas milenar da Índia atrasada.
Recorro a um dos meus ídolos, o senador e antropólogo Darcy Ribeiro, para fundamentar essa visão: “Toda a história da educação superior no Brasil, aliás, se caracteriza pela tacanhez”. E diz mais: “Começa com os portugueses, que nunca permitiram que se abrissem cursos superiores na sua colônia, ao contrário dos espanhóis, que criaram dezenas de universidades na América, a partir de 1535.”
Engatinhamos.
São séculos pastando como ruminantes abobalhados. Porém é possível alterar esse destino.
Educação, ainda que tardia.
Parabéns por esta visão mais que brilhante dessa única forma de transformação de um povo. Educação, sem ela vamos como animais ao matadouro ou quadrupedes com viseiras.
Educação sempre, mesmo que tardia.
Talvez a maioria saia graduado; não formado. O Brasil tem carência de 40 mil engenheiros. Não por falta de graduados, mas por falta de profissionais qualificados.
A Coréia do Sul é uma das potências econômicas da Ásia porque coloca a Educação do seu povo em primeiro lugar. Mas, no Governo de Lula, prevalece a corrupção aliada à impunidade. O Brasil jamais irá cumpriir seu ideal.
Perfeito,grande Carlos Santos.A sociedade Moderna precisa aprender e apreender a capacidade de socialização dos clãs familiares,destroçado pelo inico do que chamamos civilização.A bancarrota que o progresso nos coloca,cada vez mais nos lembra o discurso do genial Chaplin”Não sois máquinas,homem é que sois”A educação tem tudo para nos oportunizar melhores condições de vida,e mais do quer isso:nos tornar humanos no sentido amplo da palavra!Peço permissão para trabalhar esse texto em sala de aula.
Segundo a instituição internacional OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em 1999, mais de 55% da riqueza gerada no mundo veio do conhecimento. Pela primeira vez na história da humanidade, os fatores de produção tradicionais – terra, capital, trabalho e matéria prima -, deixaram de ser os principais criadores de riqueza. Vivemos uma transição da Sociedade Industrial para a Sociedade do Conhecimento. Esta nova sociedade pode se tornar uma ameaça a países como o Brasil, por aprofundar o fosso que separa países pobres e ricos. Ou se transformar numa grande oportunidade de virarmos o jogo a nosso favor, aproveitando algumas de nossas caracteríticas como a criatividade, a flexibilidade e a facilidade de adaptação. O Crie tem como missão contribuir para a inserção competitiva do Brasil nessa nova sociedade.
Fonte: CRIE
Carlos Santos, sempre que o assunto é educação me lembro de uma coluna do Belluzzo, na ISTO É em 1191, cujo título “EDUCAÇÃO UMA TAREFA DE TODA A SOCIEDADE”.
Opiniões come as que leio aqui, é que me dão a esperança de que teremos um dia um Nação de verdade, pois sem Educação nunca passaremos de um país emergente.
Parabéns Carlos a você aos que escreveram ao Bolg. Pena que a NET não esteja disponível para todos, principalmente nas escolas públicas. Comentários como estes tinham que ser trabalhados em sala de aula.