É certo que avançamos alguma coisa em termos de Educação, a partir da associação da estabilidade economica com continuidade administrativa. São pelo menos 15 anos de caminhar, mesmo que tropego.
Mas ainda estamos longe da excelência desse componente fundamental ao desenvolvimento de qualquer nação.
O deputado federal Rogério Marinho (PSDB) comenta pesquisas do Ibope e estudos internacionais, que são reveladores do atraso nacional.
Segundo esses números, 74% dos brasileiros "não conseguem interpretar um texto simples"; "43% dos alunos da 3ª série do Ensino Médio têm distorção idade-série"; "só 44% dos brasileiros de 19 anos conseguem concluir o Ensino Médio".
Tem mais: "98% dos diretores de escola pesquisados não se acham responsáveis pelas notas baixas de seu colégios";"64% não se acham preparados para o cargo"; "36% não sabem sequer a nota de sua escola no IDEB"; eles "gastam 90% do tempo com atividades burocraticas em detrimento da pedagogia e planejamento".
A GRANDE REVOLUÇÃO NA EDUCAÇÃO
Por William Pereira da Silva
O comentarista econômico Joelmir Beting da TV Bandeirantes fez uma citação verdadeira em relação à Revolução na Educação ele disse: É PRECISO REVOLUCIONAR NÃO SÓ A EDUCAÇÃO, MAS A MANEIRA COMO SE FAZ A EDUCAÇÃO.
Concordo plenamente com esta afirmação, pois não adianta revolucionar a educação se as pessoas que nela estão também não revolucionar sua maneira de agir e pensar em relação a ela. Muitas vezes mudamos os sistemas sem mudar a ação dos seus agentes motivando o fracasso imediato da mudança proposta.
Para quem atua na educação por mais de vinte anos tem uma sensação que esta revolução passa por uma volta aos sistemas de ensino do passado onde a educação funcionava plenamente. A revolução da Educação na China e em outros paises da América Latina foi necessariamente um alto investimento dos governos juntamente com uma rÃgida disciplina no funcionamento das escolas e Universidades, importando cientistas nas diversas áreas do conhecimento Humano, salários dignos aos professores e funcionários envolvidos nos sistemas educacionais. Somente impor a revolução educacional sem estes ingredientes é jogar dinheiro fora como vem sendo feito a décadas no Brasil. Tudo passa pelos altos investimentos e alto controle dos gastos e disciplina no funcionamento do sistema expulsando todos que estão na educação apenas como meio de ter um emprego fazendo da escola um mero local de trabalho sem dar a importância devida que ela tem. Além da corrupção profunda inserida no seu meio.
Quem teve a oportunidade de ver como funcionava a escola na década de sessenta até final da década de setenta e presencia o sistema educacional atual fica escandalizado com o que convive, é uma lastima. Resumindo pode-se afirmar que chagamos ao fundo do poço, a educação é um faz de conta, é uma farsa onde a maioria faz vista grossa em não querer assumir a decadência total da educação em várias regiões do Brasil, e não é só no nordeste como querem uns, há focos em todas as regiões, de norte a sul, de leste a oeste na qual a educação passa por este vexame de sua falência total.
Especificamente no estado do Rio Grande o Norte, publicado em revistas e jornais, temos o pior Ãndice na qualidade de ensino em todo Brasil motivado pela forma como os governantes tanto municipal como estadual conduzem o sistema educacional. Dinheiro tem, faltou responsabilidade e bom senso na condução do processo. Enquanto o sistema educacional do nosso estado servir a grupos polÃticos não sendo aplicado a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº. 9.394/97), em seus artigos 21 e 22, onde o principal objetivo da Educação Básica é assegurar aos brasileiros a formação comum indispensável para o exercÃcio da cidadania e fornecer-lhes os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores, assegurar autonomia as escolas, exigirem responsabilidade e disciplina de todos os envolvidos na educação tudo não passará de balela, de enganação, gerando este faz de conta dando margem à s pessoas corruptas e irresponsáveis que utilizam as escolas como pano de fundo para suas intenções marginais. Perceber-se que muitas dessas pessoas são tidas como honestas sendo respeitadas pela comunidade, mas não passam de cafajestes disfarçados de educadores.
A grande revolução da educação esta em tirar o lado podre inserida dentro do seu contexto. Não adianta revolucionar com mais dinheiro, mudanças de currÃculos, aumentos de horários do funcionamento das escolas, importarem profissionais, cursos de atualizações e aperfeiçoamento, aumento e melhoria na sua estrutura fÃsica, fardamento escolar, qualidade na merenda escolar se deixar os bandidos e corruptos que regem a educação no mesmo lugar que estão, é preciso banir a corja que coloca a educação em constantes crises sucessivas durante décadas. Esta será a verdadeira Revolução do sistema educacional em nosso paÃs.
A educação para ser revolucionada vai precisar de pessoas com responsabilidade, compromisso, ética, moral, profissionalismo, dedicação, disciplina, respeito, participativas, corajosas, sensibilidade e autonomia suficiente para impor as leis que regem a educação. A LDB em muitos pontos já é revolucionaria, apesar de suas falhas, o problema maior são os governantes insensatos que não deixam as leis serem aplicadas por ir de encontro a seus interesses mais mesquinhos tendo seguidores infiltrados em todo sistema educacional.
Atualmente o desrespeito a educação é grande, a situação crÃtica atinge a todos precisando urgente dos governantes fazer esta grande revolução que é afastar da educação aqueles que a utilizam somente em beneficio próprio esquecendo a maioria necessitada que faz da educação um meio para vencer na vida.
Além dos dados citados na pesquisa, há que se levar em consideração um fato relevante nesse contexto: a falta de investimento em “material humano”. Professores mal pagos, desestimulados, desrespeitados, ameaçados de violência fÃscia e psicológica dentro do próprio ambiente de trabalho, além disso ainda pesa a falta de incentivo para investirem em sua própria qualificação e o desinteresse total dos governos nesta categoria tão importante e ao mesmo tempo tão desprestigiada, não só pelos governos, mas pela sociedade como um todo. os investimentos que se propagam são simplesmente paliativos em relação ao que é necessário se fazer. São poucos os que hoje têm coragem de se aventurar nesta profissão, o reflexo disso está aÃ, todos veem: faltam professores em praticamente todas as disciplinas nas escolas públicas. Quem, afinal, quer investir numa carreira profissional sem perspectivas de melhoras e incentivos para o futuro?
Concordo em gênero, número e grau com o ponto de vista de Willian Pereira (Professor?), mas acrescentaria que a corrupção que hoje é uma realidade na educação se faz presente em todos os demais segmentos da sociedade. Há uma profunda crise na sociedade brasileira, onde muita gente boa fala bonito e não pratica o que diz. Há muita teoria e pouca prática.
Não se pode olvidar que muitos professores, por exemplo, falam muito mal dos governantes, no que têm toda razão, mas são verdadeiros cretinos na prática cotidiana ao ministrar suas aulas. E não é apenas por falta de condições técnicas não.
Digo isso para fundamentar minha concordância com o ponto de vista em comento.
Daà a necessidade de repensarmos toda a sociedade e sobremaneira a educação, considerando ser esta o pilar mestre onde deve se firmar uma sociedade democrática.
Na rede pública, tem uma grande idiotice, que é a busca da maior quantidade de aluno para a escolar poder receber “mais dinheiro” . Já ai esbarra o fator qualidade, pois, o que vale é a quantidade. Os pedagogos devem saber que em uma sala com mais de 25 alunos, o rendimento fica comprometido. Além disso, os professores (quando tem) ganham mal e não se qualificam, não existem as condições materiais para ministrarem suas aula. Às vezes a administração pública (principalmente a Muncipal) inventa de inaugurar um colégio, dizendo que com isto que está investindo na educação, sendo na verdade grande equivoco.