Se a candidata ao Governo do Estado pela "Força da União" – Rosalba Ciarlini (DEM )- for eleita, levando consigo os dois candidatos ao Senado, da mesma aliança, será um feito inédito.
Nunca antes na história política do Rio Grande do Norte aconteceu essa situação.
Desde 1986, quando a cada oito anos são ofertadas duas vagas ao Senado, sempre oposição e governo dividem as conquistas. São "meeiros" históricos, dividindo ao meio os mandatos disponíveis.
Em 1986, o candidato governista ao Governo do Estado era o deputado federal João Faustino (PDS). Não se elegeu.
O ex-vice-governador Geraldo Melo (PMDB) foi o eleito pela oposição, mas não conseguiu puxar à reeleição o senador Zezito Martins, além do outro candidato de sua coligação, Wanderley Mariz.
Os vitoriosos foram os ex-governadores José Agripino (PFL) e Lavoisier Maia (PDS).
Em 94, o então senador Garibaldi Filho (PMDB) venceu disputa ao Governo do Estado. Entretanto as vagas ao Senado foram divididas pelo ex-governador Geraldo Melo (PSDB), que o apoiava, e José Agripino – da oposição.
Já em 2002, após renunciar ao Governo do Estado – depois de dois mandatos consecutivos -, Garibaldi elegeu-se senador pelo bloco governista e José Agripino pelas forças oposicionistas.
É bom não esquecermos, que as disputas por duas vagas sempre tiveram uma aura de carta marcada, jogo de faz-de-conta, para assegurar sempre a eleição de um "cacique" de cada lado.
Este ano, não. Apesar de muitas especulações e apostas que apontavam desistência da ex-governadora Wilma de Faria (PSB) da corrida ao Senado, ela não retrocedeu.
Pelo menos nas pesquisas, todas publicadas até aqui, sem exceção, Wilma está levando a pior para o binômio Garibaldi-Agripino.
O 3 de outubro vem aí para atestar se a história vai se repetir ou não.
Foto – Arquivo – Lavoisier Maia e José Agripino no início dos anos 80.
Wilma nunca ganhou em pesquisas, sendo certo que,apuradas as urnas, ela sempre sai eleita com expressiva vantagem.
Caríssimo amigo, eu entendi, nessa sua colocação, que as pesquisas não são confiáveis, é isso?