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quarta-feira - 03/11/2021 - 06:30h
Política

Eleições de 2022 vão dizer se seguiremos ou não a tsunami de 2018

Pleito passado promoveu profundas mudanças no Congresso Nacional e eco será medido adiante

Qual o perfil que emergirá das eleições 2022 em termos de Câmara Federal e Senado no país? E no RN? Em 2018, últimas eleições gerais da Presidência da República às assembleias legislativas, testemunhamos modificações profundas, com grande renovação.

A direita e até a chamada extrema-direita saíram muito forte no pleito de 2018, puxadas pela vitória (veja AQUI) das urnas eletrônicas (sem registro impresso, que se diga), do então deputado federal Jair Bolsonaro (PSL, hoje sem legenda). A esquerda até conseguiu crescer na Câmara e preservou espaços no Senado.

Gráfico mostra formação da Câmara Federal após eleições de 2018, com coligações (Arte G1)

Gráfico mostra formação da Câmara Federal após eleições de 2018, com coligações (Arte G1)

O chamado “centro” ou “Centrão”, acabou sendo achatado e partidos como MDB e PSDB definharam. Passamos a ter um Congresso Nacional mais diverso, heterogêneo, bastante renovado em nomes e representativo, com mais mulheres, gente com necessidades especiais, mais negros etc.

De ex-ator pornô, caso de Alexandre Frota (PSL-SP), à primeira mulher indígena, Joênia Wapichana (Rede-RR), a Câmara Federal recebeu de tudo um pouco.

Segundo dados do mais importante site político do país, o Congresso em Foco, em levantamento feito à época, dos 32 senadores candidatos à reeleição, apenas oito se elegeram. A taxa de derrota eleitoral, portanto, foi de 75%, índice excepcionalmente alto e muito superior ao previsto por todas as pesquisas de intenções de votos.

A renovação também foi grande na Câmara, onde 157 deputados (43% dos 362 que eram candidatos à reeleição) não tiveram a aprovação dos eleitores para continuar em Brasília.

A voz da mudança varreu o Congresso Nacional, mesmo com legislação protecionista feita por seus integrantes, para conter “novidades”. O “ajuste” foi implodido por uma tsunami popular nunca antes vista. A vontade do povo.

RN

Em termos de RN, as duas vagas ao Senado foram abocanhadas por candidatos que surpreenderam velhas raposas.. O capitão da Polícia Militar, Styvenson Valentim (Rede, hoje no Podemos), deixou para trás nomes tradicionais como Garibaldi Filho (MDB), que tentava a reeleição, e o ex-senador Geraldo Melo (PSDB). Foi campeão de votos, tendo a outra vaga sido ocupada pela deputada federal Zenaide Maia (PHS, hoje no Pros), com verniz de esquerda e no cós da senadora e governadora eleita Fátima Bezerra (PT).

O senador José Agripino (DEM), sequer se arriscou à tentativa de eleição, mas mesmo assim foi derrotado ao tentar chegar à Câmara Federal. Veja como foi o resultado AQUI.

Câmara Federal

Quanto à Câmara Federal, o PT foi o único partido a eleger dois deputados – Natália Bonavides e Fernando Mineiro. Apenas três deputados que cumpriam mandato foram reeleitos: Rafael Motta (PSB), Walter Alves (MDB) e Fábio Faria (PSD).

Bancada teve cinco novos parlamentares: Benes Leocádio (PTC), Natália Bonavides (PT), Mineiro (PT), General Girão (PSL) e João Maia (PR) – que tinha sido candidato a vice-governador em 2014, na chapa de Henrique Alves (MDB), sendo derrotado àquela época.

O deputado federal mais votado foi Benes Leocádio (PTC), com 125.841 votos (7,82% dos votos válidos).

Rogério Marinho (PSDB) e Beto Rosado (Progressistas) não se reelegeram. Porém, esse conseguiu pela via judicial barrar posse de Fernando Mineiro e está até hoje com o mandato (veja AQUI).

Bancada do RN das eleições 2018. Mineiro não tomou posse (Fotomontagem BSV)

Bancada do RN das eleições 2018. Mineiro não tomou posse (Fotomontagem BSV)

Dos oito deputados federais eleitos em 2014, três não tentaram a reeleição: Zenaide Maia (PHS) e Jácome (Podemos) se candidataram ao senado; e Felipe Maia (DEM) não se concorreu, para abrir caminho ao pai (José Agripino), que não obteve vitória. Veja como foi o resultado AQUI.

Assembleia Legislativa

Na Assembleia Legislativa, as eleições de 2018 não desalojaram a maioria dos parlamentares que foi à reeleição. As alterações foram menores do que o ocorrido no plano nacional.

Quinze dos 24 deputados que cumpriam mandatos foram reeleitos: Ezequiel (PSDB), Gustavo Carvalho (PSDB), Tomba Farias (PSDB), Vivaldo Costa (PSD), Galeno Torquato (PSD), Albert Dickson (PROS), Raimundo Fernandes (PSDB), George Soares (PR), José Dias (PSDB), Nelter Queiroz (MDB), Hermano Morais (MDB), Getulio Rêgo (DEM), Souza (PHS), Kelps (Solidariedade) e Cristiane Dantas (PPL).

Nove foram os novatos: Dr. Bernardo (Avante), Isolda Dantas (PT), Kleber Rodrigues (Avante), Coronel Azevedo (PSL), Francisco do PT (PT), Eudiane Macedo (PTC), Allyson Bezerra (Solidariedade), Ubaldo Fernandes (PTC) e Sandro Pimentel (PSOL). Veja como foi o resultado AQUI.

Bem, 2022 aproxima-se. A onda ‘reformista’ continuará, teremos arrefecimento ou reversão? Mais atenta, a massa-gente de eleitores dirá, avaliando principalmente o que os eleitos no passado fizeram (ou não fizeram) até aqui.

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Categoria(s): Política / Reportagem Especial

Comentários

  1. Marcos Pinto. diz:

    Não tenho nenhuma dúvida de que o efeito LULA BRASIL provocará uma mudança radical para formação de um Congresso Nacional com perfil de Esquerda a parti de 2023. Anotem e confiram

  2. Lair Solano Vale diz:

    Em 2022 espero que a população não renove o mandato de Deputados que já estejam com dois mandatos ou mais. A reeleição não ajuda na melhoria da vida das pessoas, a fiscalização de deputados governistas não existe.

  3. João Claudio - Zero em reclamação no Procon - Zero de denúncias no Reclame Aqui. diz:

    Muitos se tornam picaretas quando chegam lá dentro, outros já chegam picaretas e 99,99999% entram no lamaçal para se arrumá, pouco se lixando se o povo vai chamá-lo de picareta, corrupto, ladrão, e o escambau.

    Dinheiro não é tudo, mas é 100%.

    P. S – tô cumNojo da Joven Pan, ainda mais agora que aquele ministro que queria ‘passar a boiada’ foi contratado por essa coisa aí.

    Tô fora.

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