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segunda-feira - 07/06/2021 - 18:28h
RN

Empresa cria peças biodegradáveis para tratar membros fraturados

Por Gabriel Pietro (Do Razões para acreditar)

Usando a tecnologia da impressão 3D, uma empresa potiguar desenvolveu um tipo de órtese de plástico biodegradável capaz de substituir o gesso utilizado em imobilizações de membros fraturados.

A ‘Fix It’ é uma startup nascida no Rio Grande do Norte que desde 2015 tem se tornado referência em soluções ortopédicas, neurológicas e reumatológicas construídas com plástico termomoldável e biodegradável.

Prótese é feita de forma personalizada para cada paciente (Foto ilustrativa)

Prótese é feita de forma personalizada para cada paciente (Foto ilustrativa)

As órteses criadas pela empresa nordestina trazem mais conforto para os pacientes, a essa altura cansados de sentir tanta dor (só quem já quebrou um osso sabe como é horrível!).

Segundo os engenheiros da Fix It, as órteses são feitas de bagaço de cana de açúcar, beterraba e milho. Elas podem ser usadas em procedimentos envolvendo fraturas e casos pós-cirúrgicos.

Também chamados de ‘imobilizadores articulares’, eles são indicados para membros inferiores e superiores, com um design que facilita a imobilização e limpeza da área.

Ao contrário do gesso, as órteses não coçam, não esquentam e pesam bem menos, uma vez que são impressas em material fino 3D. Ah, e ainda são à prova d’água!

Após seu uso, elas se decompõem facilmente em uma composteira, virando adubo.

Desperdício

Desde que passaram a ser licenciadas Brasil afora, mais de 1000 órteses foram impressas pela Fix It, atendendo 4 mil pacientes ao todo, o que significa uma redução de 2,5 toneladas de gesso!

“Temos em mente que os procedimentos utilizados em fraturas devem ser os mais práticos, eficientes e confortáveis. Nós aliamos novas tecnologias com a expertise de vários profissionais para liderar um novo caminho no tratamento de lesões e imobilizações”, explicou o fundador da Fix it, Felipe Neves, que é fisioterapeuta.

O mais legal das órteses é que elas duram até 3 anos e podem ser remodeladas quatro vezes após a primeira aplicação.

Em outras palavras, elas são ótimas para pacientes, mas também para profissionais que atuam em clínicas e hospitais, pois agiliza a imobilização dos membros afetados.

Felipe garantiu que os imobilizadores têm um custo mais baixo em alguns cenários, como por exemplo em radiografias, já que são radiotransparentes e não precisam ser retirados – uma vantagem em relação ao gesso, que precisa ser tirado e reaplicado após o exame.

Cada vez mais consolidada no Brasil, a Fix It se prepara para chegar ao mercado estrangeiro, começando por nossos vizinhos da América do Sul.

Expansão internacional

Em março, a startup brasileira chegou ao Paraguai. Os próximos destinos são Uruguai, Venezuela e Chile.

Pensando mais adiante, Felipe espera alcançar Portugal e Moçambique até o final do ano. Tudo isso sem qualquer investimento em marketing no exterior. Afinal, um produto tão legal assim praticamente se vende por si só, né?

Nesse ritmo, não vai demorar muito para a Fix It conquistar a Europa e os EUA. “É o sonho de toda startup“, completou Felipe.

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Categoria(s): Economia / Gerais / Saúde

Comentários

  1. Q1naide maria rosado de souza diz:

    Informação sensacional! Salve, “Fix It”.

  2. VALDIR FONSECA MACHADO diz:

    Meu filho produz utensílios domésticos em impressoras 3D.
    Que seria necessário para ele ofertar para clínicas ortopédicas as órteses fix it e produzí-las e entregá-las em Belo Horizonte?
    Bh 17/7/21
    Valdir

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