Na opinião de um dos mais vitoriosos empreendedores mossoroenses ligado ao setor petrolífero, nos últimos 30 anos, Vilmar Pereira, há um superdimensionamento do recuo de investimentos da Petrobras na região RN/CE, em especial na área de Mossoró. Mesmo assim, a preocupação é devida.
Ele conversou à tarde dessa quinta-feira (28) com o Blog, num restaurante da cidade.
Segundo Vilmar, é indisfarçável que a economia de Mossoró passa por turbulência, com fatores internos e externos concorrendo para esse quadro. Concorda que o Blog tem feito abordagens com dignósticos incisivos e coerentes sobre o tema, mas “a situação não é tão grave assim”.
Vilmar Pereira afirmou que “o ciclo do petróleo não chegou ao fim”, existem muitas empresas em dificuldades e empresários fora do mercado nessa relação complexa do segmento petrolífero e com a Petrobras. Entretanto, há muito ainda a ser explorado.
Segundo ele, os campos maduros fazem parte de uma densa discussão de ordem econômica e também política. A produção em terra na região está com perfil de declínio, algo visto como natural.
Muitas pequenas e médias empresas – associadas ou não – ainda apostam nessa produção, a partir de cessão deles pela Petrobras.
ENTENDA – “Campo maduro” é aquele, de qualquer tipo, tamanho ou operador, cujo tempo de produção se encontra naturalmente em queda de produtividade rumo à exaustão de sua reserva recuperável. A Petrobras – desinteressada por alguns, abre-os à exploração da iniciativa privada.
Por outro lado, o empresário admite que através de seus negócios no setor de fomento empresarial e sua própria experiência, é fácil perceber que não é apenas o petróleo que causa instabilidade na economia de Mossoró. Pode existir um desdobramento em cadeia, com efeito dominó nefasto à economia.
– Funcionários da Petrobras e terceirizadas, com seus familiares, talvez respondam por cerca de 30 mil ou mais planos de saúde em Mossoró. É um número considerável – mediu.
– O segmento imobiliário passa por dificuldade; o ramo salineiro também – identificou.
A seca, os reflexos disso nas cidades e em prefeituras que vivem transição de poder, além de indicadores inflacionários, têm espectro inquietante.
O Blog tem “martelado” nesses pontos. O empresário não discorda.
Mesmo assim, Vilmar avaliou que a pujança de Mossoró pode superar o sismo conjuntural. E ratificou: “A Petrobras não está saindo de Mossoró”.
Acrescentou ainda que as riquezas da região são múltiplas, citando uma em especial:
– Nós temos o calcário com reservas fantásticas na região e com crescente exploração em Mossoró, Baraúna/Vale do Jaguaribe, Chapada do Apodi.
Classe política e empresarial estão no epicentro do caso e precisam dar uma resposta à crise. É o cerne de sua reflexão.
“Com trabalho”, apontou, tudo poderá ser superado.
Finalmente apareceu alguém com uma visão lúcida da crise.
Eu já disse aqui neste Blog que Mossoró é muito maior do que a Base da Petrobrás.
Leiam o que disse o lúcido empresário Vilmar Pereira.
“Nós temos o calcário com reservas fantásticas na região e com crescente exploração em Mossoró, Baraúna/Vale do Jaguaribe, Chapada do Apodi.”
Mossoró faz parte do todo de uma economia que mergulhou numa desadministração sem precedentes, onde os que produzem são penalizados com uma carga de impostos nunca antes vista neste país, onde os que não trabalham são beneficiados com programas populistas que estimulam o nada fazer.
O empresário Vilmar Pereira disse com todas as letras:
“é indisfarçável que a economia de Mossoró passa por turbulência, com fatores internos e externos concorrendo para esse quadro.”
COM FATORES INTERNOS E EXTERNOS CONCORRENDO PARA ESTE QUADRO.
Os fatores externos é a política populista.
Os fatores internos, fatores locais, é a falta de uma política voltada para a criação de novos empregos. Empregos que poderiam ser conseguido através da instalação de novas indústrias, indústrias que para cá poderiam ser atraídas através de uma política de isenção de impostos e taxas, além da concessão de outros benefícios.
Infelizmente Mossoró mergulhou na politicagem e se esqueceu da economia.
QUE DEUS NOS PROTEJA
Discordo plenamente do posicionamento desse empresário, mesmo porque a economia da cidade de Mossoró, depende fundamentalmente da manutenção de investimentos da PETROBRÁS, combinada com as prestadoras de serviço que de forma relevante geram empregos e suprem suas necessidades operacionais no comércio da cidade de mossoró. O que acontece é que os gestores do poder executivo de Mossoró, provaram que não estavam preparados para assumirem tal cargo. Faltou planejamento, visão, no sentido de diversificar a economia prevendo assim tais acontecimentos . Não está havendo superdimensionameto e sim, uma realidade evidente, e que tende a piorar por falta de competência e capacidade de gestão ao longo dos anos.
ARANGON FALOU TÁ FALADO!
Concordo com o Aragon, Mossoró ja embossou da Petrobras 2milhões de Royalties e hoje quanto entra na prefeitrua? Hoje temos mais de 2 mil trabalhadores do petroleo desempregado; como explicar esse tal de superdimensionameto. Quanto aos campos maduros todos sabem que a petrobras tem interesse em Petroleo e não em água. Muitos poços hoje a petrobras tem que usar um sistema chamado de injeção de água, ou seja voce tem que injetar água na formação para poder o pouco de petroleo que existe na formação vir até a superficie. Pergunto qual empresa iria investir num campo desse com essas caracteristicas. A pouco tempo tivemos a venda de blocos pela ANP, vejam se algum campo desse foi adquirido. Na verdade o Aragon falou o que ja comentei antes em outra matéria. Mossoro nao se preparou para uma perda no futuro de um recurso não renovável(petroleo). Isso foi palavras do ex vice prefeito Antonio Capistrano. Quanto a nossa bendita classe politica, não se preocupam com a saude, segurança, educação etc. Vai se preocupar com petrobras que não está mais investindo em Mossoró.
Concordo com a opinião de Aragon.
Mossoró é muito mais do que uma base da Petrobrás.
Pela sua localização geográfica, próxima a grandes mercados consumidores, Mossoró pode ser transformada na Manchester brasileira.
Mas para isto é preciso que os gestores desta cidade foquem mais na administração e menos na politicagem.
Atrair para cá grandes indústrias, como fez a cidade de Sobral.
E não se atrai industrias sem se oferecer vantagens.
Ofereçam terrenos e isenção de tributos municipais por um determinado tempo.
Façam isto e verão como as negociações para instalação de indústrias em Mossoró começarão.
Até empresários locais se sentirão motivados a investir aqui.
Ofereçam vantagens.
Empresário não tem coração.
Empresário tem cofre.
Mudar a forma de administrar Mossoró, tirar esta cidade da mesmice em que hoje vive.
Mesmice que foi alimentada pelo dinheiro fácil do petróleo.
Mudar!
É preciso mudar!
Que Deus nos ajude.
Como é que demissões de mais de 5.000 pessoas é superdimensionado?
Caro Carlos;
É claro que meu amigo Vilmar está coberto de razão na sua avaliação sobre a nossa economia e suas potencialidades e pelo que tenho vislumbrado, tome potencialidades. Para botar os pontos nos ís do futuro da nossa economia, cito uma frase do discurso dele Vilmar, no hotel Termas quando orgulhosamente tomou posse na CDL, acho que pela primeira vez: Nasci em Umarizal e na seca de 1958, arribei com minha família para Mossoró e aqui aprendi que “Não tem nada que o trabalho não vença”.
Parabéns amigo Vilmar,
Nilson
Caro Nilson
“Não tem nada que o trabalho não vença”.
Difícil é colocar isto na cabeça de quem sempre viveu e continua vivendo de politicagem.
Nada deterá Mossoró na sua caminhada rumo ao progresso.
Mossoró é tão grande que conseguiu sobreviver a todos estes governos desastrosos.
Que Deus nos proteja.
Há vinte anos que tenho domicílio em mossoró, e escuto sempre a mesma retórica de potencialidades. Não é só aqui que tem calcário e potenciais reservas extrativistas, há também em outros estados! A diferença, é que nos outros estados existe políticas industriais que exploram tais potencialidades. Em Mossoró não existe polo industrial.O empresário esqueceu de mencionar qual seria ourtra receita financeira proporcional aos valores da petrobrás (royalte,impostos, etc), que supririam tais déficit. A palavra trabalho: tem que ser aplicada não só com retórica,e sim com planejamento,criatividade e ação. Deixemos de pitada plolítica.
A PETROBRÁS DEIXANDO DE INVESTIR EM MOSSORÓ A CIDADE FECHA PRA BALANÇO, VAO VER O QUE É QUEBRADEIRA…..
a salvação vai ser privatizar a Petrobras e convidar os ”gringos” para investir.
B. Nunez
“A diferença, é que nos outros estados existem políticas industriais que exploram tais potencialidades. Em Mossoró não existe polo industrial.”
Você equacionou o problema.
A impressão que tenho é que não há nenhum interesse por parte dos administradores de Mossoró de resolver esta equação.
No meu comentário que está logo acima eu disse:
“Atrair para cá grandes indústrias, como fez a cidade de Sobral.
E não se atrai indústrias sem se oferecer vantagens.
Ofereçam terrenos e isenção de tributos municipais por um determinado tempo.”
O que mais revolta é ter certeza que eles sabem disto.
Sabem mas não mexem uma palha para modificar este quadro de pobreza que começa a caminhar para se transformar num quadro de miséria.
Sabem, também, que a violência é gerada em sua maior parte pela miséria.
E nada fazem.
Nada fazem porque estão apenas preocupados em manter o poder.
Com eleitores pobres, até famintos, é mais fácil praticar a colação e o arrancamento de retratos.
E assim segue Mossoró a sua triste sina de pobre cidade rica.
Que Deus abençoe a todos nós.
O PROFESSORADO DE MOSSORÓ RECEBE O PISO NACIONAL QUE É DE 1.567 REAIS?
HOJE, DIA 31 DE MARÇO E O FARDAMENTO ESCOLAR AINDA NÃO FOI DISTRIBUÍDO EM MOSSORÓ.
Caro Carlos;
O grande problema de Mossoró é está sua localização Geo politica, isto é Rio Grande do Norte e Políticos Norte riograndenses a tutelarem seu futuro. O Ceará aí vizinho, não tem petróleo, gás, sal, ouro, ferro, cheelita, berilo e por aí vai, nenhum dos 60 tipos diferentes minérios sendo explorado no nosso RN, exceção para o calcáreo e um incidenciazinha de urânio, sem exploração consistente ainda, lá para as bandas Santa Quitéria. Rio só tem um, o Jaguaribe para banhar um território 4 vezes maior que o nosso e semi árido lá 92% de todo estado. É ra para está la todo mundo morto e aqui se morre com a dispensa cheia de comida é meio vergonhoso.
llmo. Sr. Nilson Gurgel : o RN está atrasado em relação ao CEARÁ, pelo menos uns 50 anos. Não pode haver comparação é covardia. Os estado proporcionais ao RN são: MARANHÃO, PIAUÍ E ALAGOAS. Dizer que sal é riqueza, é uma piada. Esse modelo de exploração de sal usado aqui no RN, é obsoleto, ultrapassado. No estado do espírito santo se tem mina de sal, e no chile tem um imenso salário.