quinta-feira - 10/04/2008 - 13:07h

Enxurrada estraga estratégias políticas em Mossoró

Daqui onde estou, olhando as ribeiras do rio Mossoró e suas águas vorazes a caminho do mar, constato o seguinte: a enxurrada também provoca efeitos políticos.

A tromba d’água, por exemplo, levou de roldão o anúncio de apoio da governadora Wilma de Faria (PSB), à postulação à prefeitura da deputada estadual Larissa Rosado (PSB). Os desdobramentos da decisão são inversos ao propósito agendado.

A reação do PR apresentando o nome do vereador Renato Fernandes (PR) ao mesmo cargo, também foi levada pela cheia.

Até mesmo a prefeita Fafá Rosado (DEM), com tudo à mão para dar braçadas sozinha, sem admoestação, sai desgastada. Podia ter ficado calada. Ganharia mais.

A prefeita chegou ao ponto de bradar, no sábado (5), que queria 10% do dinheiro federal a ser transferido ao estado, para cuidar dos efeitos da enchente. A princípio isso seria equivalente a R$ 6 milhões. 

Sem nenhum critério para o cálculo, mal orientada, Fafá expôs-se à ridicularização e à "saia justa". Se o governo Wilma fizer a transferência do que ela solicitou, ficará quite com a cobrança e deixará o ônus da restauração da cidade inteiramente à prefeita.

Qualquer leigo no assunto sabe que esse montante não atende sequer a assistência alimenar às famílias socorridas.

Para completar a pantomima desastrada, a prefeita – outra vez com a ajuda inestimável de sua Assessoria de Comunicação – espalhou fotos e textos pela imprensa, a colocando em pose vexatória. Surgiu com remo a mão, dentro de uma canoa, simulando apoio aos desabrigados.

A cena foi repudiava ostensivamente. Um termômetro é este Blog, que postou a foto, com textualização da cena grotesca.

Os comentários dos internautas foram 100% de reprovação.

O rescaldo das águas de abril precisam começar logo. Os estragos talvez sejam ainda maiores do que é constatado aqui.

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. Luís Antônio Dias diz:

    O jornalísta Luís Juête está uma fera com quem andou criticando àlgumas “otorídades”que andaram se expondo na enchente mossoroense.Inclusíve chamou de “amébas jurássicas”alguns que criticaram essa postura.Juête.paciência menino.Sei que não tens procuração em papel para defender políticos,mas tens uma “obrigação” chamada parcialídade.O jornal impresso lhe obriga enxergar não o que queres ver,mas,o que desejam que você veja.E na questão geológica,às amebas são frutos da transição Cambriana/paleozóica,e não da era secundária mesozóica como tentas passar no seu comentário.

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