Um fenômeno tem-se generalizado pelas mais diversas regiões e municípios do Rio Grande do Norte: é a pluralidade de pré-candidatos a prefeito, não obstante a quebradeira quase geral das prefeituras.
O chororô é grande, mas o apetite para se chegar à Prefeitura, é ainda maior.
A eterna polarização entre verde x encarnado, quase não existe mais. Mas a disputa não desapareceu.
Como explicar tantas pré-candidaturas num cenário de terra arrasada?
De antemão, o próprio desempenho sofrível dos atuais prefeitos, candidatos ou não à reeleição, instiga as pré-candidaturas adversárias. Os potenciais contendores veem sinais de fragilidade suficiente para alimentar o sonho de chegar à Prefeitura.
Sonhar, pode. Mas daí até chegar à vitória, há um longa distância.
Outro ângulo de análise, é que a pulverização de partidos tem facilitado a fermentação dessas postulações, fora do controle das lideranças mais tradicionais, do cabresto coronelista que sempre existiu.
Quanto mais cabras, mais cabritos.
Já não temos mais lideranças como antes. O poder está escapando entre os dedos de muitos líderes políticos.
É nesse cenário, com aprovação popular baixíssima, que muitos prefeitos arrimam um fio de esperança. A esperança de nova vitória direta ou em apoio a um sucessor de sua confiança.
Acreditam que o racha na oposição seja o suficiente para vencer.
E na oposição, enquanto não “cair a ficha”, fica no ar a crença de que pode derrotar o prefeito, por esse estar com grande reprovação.
Dividida, fracionada, a oposição pode ser presa fácil – mesmo para uma máquina pública depauperada e muito prefeito que tem a palavra como risco n’água.
Lá adiante, a maioria deve ser devolvida à realidade. Por uma questão de bom senso.
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Muito bem!