Temos outro cadáver em evidência nacional. Agora, é o cinegrafista da Band (rede de televisão), Santiago Andrade, morto estupidamente quando cobria com sua câmera um movimento de protesto no Rio de Janeiro.
Esqueceram o Amarildo.
Você lembrar do Amarildo?
Amarildo de Souza é aquele ajudante de pedreiro desaparecido após ser levado para averiguação por policiais da Unidade de PolÃcia Pacificadora (UPP) da Rocinha (Rio de Janeiro), no dia 14 de julho passado.
Os cadáveres vão sendo empilhados uns sobre os outros, numa crônica que não acaba nunca, sobre a violência a que todos estamos submetidos.
E daÃ?
E daÃ, nada.
Não avançamos no rumo da civilidade e da ordem pública, mas da barbárie e da convulsão social.
Sim, Amarildo. Muita indignação, revolta. Então, nem podemos empilhar cadáveres, para sepultá-los com a dignidade e respeito que não receberam em vida, pois o de Amarildo penso que não apareceu. Empilhamos decepções, medo, diante de tanta atrocidade.
Sim, não demos um passo em direção à ordem pública. É o caos…estamos avançando no sentido “da barbárie e da convulsão social.” Triste verdade, Jornalista Carlos Santos.
NADA É MAIS FRACO DO QUE A MEMÓRIA COLETIVA.
Inácio Augusto de Almeida