A iminente saÃda da professora Niná Rebouças (veja matéria mais abaixo), é o sinal de que o governo da prefeita Fafá Rosado (DEM) realizará outras mudanças na equipe. Indica, ainda, algo indisfarçável: seu grupo não possui nem formou quadros.
Apesar de quase quatro anos de caneta à mão, manipulando cerca de R$ 750 milhões no perÃodo, bem como mais de 3 mil cargos sem concurso, Fafá & FamÃlia não se fizeram fortes. Nem autônomos. São um apêndice do "rosalbismo". Seria um subgrupo ou "esquema", com toda a força pejorativa dessa palavra polissêmica.
Em mudanças no secretariado da prefeita, ocorridas em janeiro deste ano, apareceram provas visÃveis da fragilidade. Os secretários Alex Moacir (Serviços Públicos) e José Anselmo (Planejamento) passaram a acumular essas pastas com outras.
Falta não apenas gente de confiança técnica. Há escassez de seguidores confiáveis, que tenham afeição pelo lÃder e não apenas pelo cargo. Como diz a sabedoria japonesa: gostam da "casa" (o poder).
Fafá e sua famÃlia sempre foram liderados de alguém. Primeiro do "tio Vingt Rosado," até o inÃcio dos anos 90. Em seguida da hoje deputada e prima Sandra Rosado (PSB), a partir de 2002. Depois caÃram nas mãos do primo e ex-deputado estadual Carlos Augusto (DEM), comandante-em-chefe do rosalbismo.
A situação lembra o prefeito Dix-huit Rosado (tio de Fafá), falecido em 22 de outubro de 1996. Depois de rachar pela segunda vez com o grupo da sobrinha Sandra, sua vice-prefeita, entre o final de 1993 e 1994, ele teve que se virar. Formou outra equipe de governo e grupo. Existiram enquanto ele foi prefeito.
Recebendo mais quatro anos de mandato, Fafá & FamÃlia vão pro tudo ou nada.
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