Depois de muito resistirem à modernidade, observo agora que alguns jornalistas-dirigentes de impressos começam a descobrir o significado da palavra “convergência”. Risível.
Quando comecei a escrever na Web há mais de cinco anos – por necessidade e não por opção -, com um blog (veja AQUI) em página gratuita, engoli em silêncio alguns insultos e piadas, que me desdenhavam. Hoje, dou boas risadas e agradeço o achincalhe, a vilania. Cresço na adversidade.
A Web não fecha jornal, o que fecha jornal é incompetência. Pior do que jornal fechado, é o jornal zumbi, ‘morto-vivo’, que não altera o curso do rio, não forma opinião, não acrescenta nada a nada.
Tenho paixão por jornal impresso. Nasci nele profissionalmente. Desde criança apeguei-me ao manuseio de jornal que chegava todos os dias a mim, como alimento. Contudo não sou imbecil nem míope. Jornal impresso está encolhendo, muitos já morreram e outros são zumbis.
A matéria prima imprescindível continua sendo a mesma em qualquer meio: é o ser humano. Bom profissional, o jornalista por paixão, é eterno. Maior do que impressora em policromia, frota de carros, prédio bonito. Ele é essência.
Twitter, Facebook, blog, site etc. não tiram emprego ou fecham jornal. As novas plataformas se somam, bem aproveitadas pela mídia impressa.
Quem partiu na frente no Brasil, há cerca de 15 anos, foi o Grupo Folha e também JB. O primeiro, continua fortíssimo, via UOL, Folha etc. Acertou. O segundo, por dificuldades de gestão, troca de comando, se arrasta apenas na Web.
A comunicação não pode prescindir da Web nem deve vê-la como inimiga. Jornalista e publisher com medo do moderno, já morreram e não sabem.
Academia de Comunicação precisa avançar na formação sob outra realidade. A visão capital x trabalho é modorrenta. Empregabilidade hoje e no futuro funciona e funcionará sob outro prisma e exigências.
Quando a revolução industrial emergiu no Reino Unido, Ned Ludd levou operários às fábricas (século XIX), quebrando máquinas e satanizando a modernidade, com medo do desemprego.
Hoje tem quem queira repetir Nudd de outra forma. Produzem campanhas abjetas para desacreditar blogueiro e detonam sites-portais, pensando que eles fecham jornais. Nada disso. Atraso é não enxergar o óbvio.
O futuro já chegou, mas muitos ainda estão empastelados no passado. E lá vão ficar.
Caro amigo;
A única coisa permanente do mundo são as mudanças, o problema é entender a velocidade com que estas mudanças acontecem, exemplo: O bicho homem como conhecemos, dizem, passou 15 milhões de anos entre as árvores e cavernas de invento e de conhecimento adicional, só agregou o tacape e o uso do fogo. Só a cerca de 10 mil, conseguiu se organizar como um embrião de sociedade (unificação do das tribos do deserto). Daí para chegar à espada, pólvora e espingarda, tome uns 7 a 8 mil e, assim, começou a acelerar e tome telefone, carro, avião e tudo o mais que conhecemos, mas sempre no último ano, ou segundo, sei lá, inventando mais do que tinha inventado para trás. Quando assistimos ao filme, 2001 um Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick ,vimos uma previsão futurista arrojada para época, viagem ao espaço, computador evoluído, mas não enxergou a internet que mudou nos últimos 5 anos, muito mais coisas do que a humanidade mudou para trás e o próximo ano só Deus sabe. Você está certíssimo. Para completar me lembrei, recebi pela web, de uma amiga lá da Argentina, uma planta de um imóvel cujo desenho materializou-se instantaneamente na minha mesa em Alexandria-RN. Quem sabe, se no próximo segundo, eu não possa me enviar pela mesma Web e me materializar na mesa dela lá em Buenos Aires? As mudanças estão acontecendo e,q uem não acreditar, ou melhor quem não tiver inteligência para visualizar isso, provavelmente ficará chupando o dedo.
Nilson
É POR AI MESMO, MEU CARO CARLOS SANTOS…