• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
segunda-feira - 03/11/2008 - 17:21h

Eu tenho um sonho (A força do possível)

“Eu tenho um sonho no qual um dia essa nação se erguerá e viverá o verdadeiro princípio do seu credo. Nós acreditamos que essa verdade é auto-evidente, que todos os homens são criados iguais.” (Martin Luther King)

Acompanho com razoável interesse a disputa pela Casa Branca. Na verdade, os olhares mais atentos do mundo estão voltados à América.

Não se trata apenas de uma disputa presidencial doméstica entre democratas e republicanos. Estão em jogo aspectos diversos da geopolítica mundial.

Os Estados Unidos da América são a mais forte e influente nação que se tem notícia, desde a queda de Roma, há pouco menos de dois mil anos. Entretanto o que me atrai sobremodo não é o futuro pura e simplesmente.

Sou remetido para o passado, quando vejo um negro delgado, eloquente e catalisador de multidões como Barack Obama, no topo dos EUA.

Filho de pai africano com mãe branca, nascido no Havaí, um dos dois estados americanos fora da América continental (o outro é o Alaska), Obama parece materializar outro negro e suas palavras premonitórias. Refiro-me a Martin Luther King.

Ele é autor da célebre pregação pacifista e contra a exclusão racial, conhecida como “I have a dream” (Eu tenho um sonho). Em 1963, portanto há 45 anos, King liderou a “Marcha para Washington”, puxando cerca de um milhão de adeptos do movimento contra a segregação racial.

Foi assassinado por um racista intolerante, em abril de 1968. Mas já conseguira, então, fazer inocular suas palavras no inconsciente popular.

Barack Obama é a encarnação dessa força. Vencendo ou não nas urnas e no colégio eleitoral norte-americano, ele terá cumprido um importante papel à sua civilização e para o mundo. 

Sim, é possível!

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Categoria(s): Fred Mercury

Comentários

  1. karly robson de sousa pereira diz:

    Carlos,o Alasca é uma área continental só não é uma extensão contínua dos Estados Unidos devido ao território canadense.Um abraço,saúdee paz.

  2. Zé Roberto diz:

    Como pouco sei de geografia,ou quase nada,digo que,nenhum governante’ estadunidense’,pode negar a força dos negros e latinos naquele país,imagine uma mulher americana,sem nenhum sanguinho latino ou negro:amarelas,magras,sem bundas e traquejos,só aquelas carinhas bonitinhas,que nem peixes são,pra se comer a cabeça.

  3. Gutemberg Dias diz:

    Caro Carlos Santos,

    Temos que analisar com muita cautela essa luta entre gregos e troianos nos EUA. De um lado temos os republicanos, com toda a sua forma tradicional de fazer política e do outro os democratas, liderado nessas eleições por Obama, que apresenta um viés mais liberal para o mundo. Mas, uma coisa não podemos esquecer, quem ganhar, estará representando os interesses de uma nação que tem o maior poderio bélico do mundo e a maior economia do planeta e, sejam eles, republicanos ou democratas, usarão essas estruturas para continuarem dominando os mais fracos.
    Essa mudança da sociedade americana para eleger um negro, já vem sendo arquitetada a muito tempo, basta assistir as séries e filmes americanos que retratam presidentes negros. Uma delas passava no Brasil sobre a alcunha de “24 horas”, posso estar fazendo uma análise meia exdrúxula, mas esses caras não dão murro em ponta de faca, quando o negócio é poder e dominação.

  4. Bosco Araújo diz:

    Meu nobre colega Carlos Santos,

    Daqui do lado de cá, o primo pobre (como si diz os americanos do centro-sul), ainda mais detrás do serrote das panelas, torço por isso, embora percebo a manobra internacional de derrubá-lo, muito bem orquestrada, tanto que ai está essa crise financeira às vésperas das eleições. É difícil, mas estou na torcida!

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