A Justiça Federal do Rio Grande do Norte condenou nove pessoas, envolvidas na chamada “operação sanguessuga”, onde a atuação da Controladoria Geral da União (CGU) revelou, em 2004, em municípios de diferentes regiões do Brasil, a existência de uma suposta organização criminosa que desviava verbas federais destinadas à compra de ambulâncias, medicamentos e materiais médico-hospitalares.
A sentença foi do Juiz Federal Magnus Augusto Costa Delgado, titular da Primeira Vara Federal.
Entre os condenados está o ex-deputado federal Múcio Sá, seu pai José Nilson de Sá (ex-sócio da construtora EIT e da extinta indústria Maisa) e até sua esposa, Aldanisa de Sá.
Eles – segundo o magistrado revela em sua sentença – usavam a entidade “filantrópica” Aproniano Sá para drenagem de dinheiro público, desviado de forma escandalosa, fria e desumana.
Os demais condenados são estes: ANDERSON LUIS BRUSAMARELLO, DARCI JOSÉ VEDOIN, LUIZ ANTÔNIO TREVISAN VEDOIN, ALDA PEREIRA RAMALHO, ADRIANO GURGEL DE SÁ e RAIMUNDO COSTA ITAMAR DE OLIVEIRA.
Todos condenados solidariamente a ressarcirem os cofres públicos em R$ 370.075,16.
Além disso, todos os réus deverão pagar como multa juntos o valor de R$ 739.410,32.
Veja mais detalhes AQUI, com informação da própria Justiça Federal.
Nota do Blog – Ainda tem gente defendendo a criação de mais algum imposto ou “contribuição” compulsória para melhoramento de recursos à Saúde. Precisa?
Não precisa.
Basta que essa récua pare de furtar tanto. Furtem menos que até sobra dinheiro para a Saúde.
Carlos Santos,
Os principais deliquentes envolvidos neste processo, parece-me ser meus parentes(gurgel), deveriam eram serem engailolados alguns meses na cadeia alimentando-se de quentinhas servidas pelo poder público. Infelismente tais penas são transformadas em multas(juizes não tem culpa),seguem a lei.
Lamentável.
Vixe! Pensei ser na França.
Caro amigo;
Ao ler esta noticia sinto a sensação de impunidade que tanto tem motivado bandidos dessa estirpe. Fui o primeiro jornalista a divulgar e denunciar essa quadrilha com a matéria intitulada “(Sá)bedoria”, veiculada, em 2004, no nosso saudoso e combativo jornal Página Certa.
À época levantamos uma farta documentação, com provas irrefutáveis, e expomos toda logística dos desvios de verbas que envolviam a Fundação Aproniano Sá, com sede fantasma na extinta Maisa. A quantia superava os R$ 6 milhões, além de outros desvios cruzados, através de emendas e notas fiscais frias transacionadas, com membros da quadrilha, através de ONGs e fundações agregadas ao esquema de corrupção.
Ainda está viva na minha memória o modo prepotente e ameaçador, com que recebi na redação do jornal o protagonista e principal suspeito daquela quadrilha, o ex-deputado Múcio Sá – acompanhado de “guarda-costas” intimidadores. Mas, a pressão não foi suficiente para nos intimidar.
Deste então, enquanto a justiça caminhava lentamente para dar essa tardia sentença, o sr. Múcio Sá foi presenteado com cargos de secretário de estado nos governos Vilma de Faria e Iberê Ferreira. Nesse ínterim, milhares de pessoas foram vitimas anônimas desses bandidos, enquanto eles desfrutavam do bem-estar promovido com o roubo do dinheiro público, destinado à saúde dos mais carentes, além das benesses de governo promovidas por políticos aliados e comprometidos com a súcia.
Lamentavelmente, pô-los atrás das grades é uma possibilidade remota. Inescrupulosos como são, os membros da corja continuarão a zombar muito de todos, pois sabem que a morosidade da justiça os incentiva para que isso aconteça. As multas e ressarcimentos sentenciados são risíveis e até mesmo estimulantes. Não dá para acreditar na seriedade de um país, quando os (pequenos) passos da Justiça não acompanham a celeridade de seu desenvolvimento e crescimento.
Um abraço fraterno,
Carlos Duarte
Caro Carlos,
Acabava de comentar com um amigo aqui em Londres acerca das roubalheiras em nosso sistema de saude.
Acesso o blog e vejo que uma pequena parte dos que aproveitaram do dinheiro publico finalmente foi condenada em um processo.
Aguardemos, agora, o calhamaco de recursos.
E o resto, quando vai pagar?
E o julgamento do ex-deputado Laíre Rosado, já tem data marcada? Por que ele não foi mencionado na(s) matéria(s)? Ao meu ver, não se deve julgar precipitadamente, condenar com antecedência, ferir o princípio de presunção de inocência, mas se é réu, como tal deve ser citado e nomeado, em qualquer menção que se faça ao processo e à mafia das sanguessugas. Se inocentado, ótimo. Mas que todos sejam julgados, e tratados com igual rigor e imparcialidade.