Com a disputa interna na Uern em pleno andamento, um tema precisa fazer parte da pauta dos debates: a evasão de professores.
Só o Departamento de FÃsica perdeu quatro doutores para a Ufersa nos últimos meses. Outros docentes qualificados já tinham saÃdo antes.
A tendência é que essa diáspora continue, promovendo uma sangria de difÃcil reparos na instituição.
Bastava se fazer cumprir as cláusulas de Dedicação Exclusiva e a que inviabiliza, sob pena pecuniária, a transferência dos doutores que beneficiaram-se dos incentivos da UERN para tal doutorado antes do perÃodo mÃnimo descrito no contrato.
A baixa remuneração e qualidade estrutural dos curso acabam provocam essa evasão de docentes qualificados, além de não atrair professores de alto gabarito para os processos de selação.
Entendo que o meio para reverter este quadro e tornar a UERN uma instituição de refecência no nordete seria a elaboração de um projeto de lei pela Assembléia Legislativa dando autonomia financeira para universidade, destinando uma certa porcentagem do orçamento anual do Estado que seria investido em melhora salarial e em infra-estrutura. Temos o belo exemplo da UEPB que vive um momento de expansão e prosperidade acadêmica devido à um investimento anual em torno de 3,5% do que o estado arrecada.
Seria um bom exemplo a ser seguido.
A tual administração da UERN mantém há vários anos vários cargos comissionados e tem criado outros. Sempre que alguém é substituido na administração, lhe é dado alguma acessoria. Como exemplo podemos citar a assessorias de assuntos cientÃficos e pedagógicos (desvinculada da PROEG e PROPEG, quem já fazem esse trabalho), diretor de obras e manutenção (ninguém sabe o que um professor de matemática faz nesse cargo, já que existe um setor de engenharia na UERN), dentre outro. O esfoço para fixar os assessores são muitos, mas para fixar doutores inexistem. Ao tÃtulo de doutor não é dado o devido valor, nem o incentivo de dedicação exclusiva lhe é dado, tendo o doutor de participar de um processo seletivo onde o tempo de serviço faz a diferença. Tem de ter muito amor à Instituição para ficar por aqui.