Hoje à tarde, ouvi mais um relato de violência que afeta pessoas muito próximas a mim.
Mãe e filho resolvem se livrar do sonho de uma vida: vão deixar a casa comprada sob financiamento porque temem a morte, um fim hediondo.
Sua casa foi arrombada pela segunda vez. Aparelho policial não tem como dar resposta a contento.
O jeito é sair da casa, tentar outro endereço que pareça mais seguro.
Mossoró, terra sem lei. Paraíso da bandidagem.
Polícia Militar tem déficit de 700 homens em seus dois batalhões locais e a propaganda do Governo do Estado garante que isso aqui é a Suíça.
Estamos caminhando a passos largos para o pagamento de proteção.
Será que em breve a bandidagem estará cadastrando todos os moradores de Mossoró para efetuar a devida cobrança?
Cobrança que farão se valendo de menores por razões que todos nós sabemos.
Se isto acontecer para mim não será nenhuma surpresa.
Querem um exemplo de como funciona esta proteção?
Alguém já ouviu falar que alguma banca de jogo do bicho foi assaltada?
Alguém já ouviu falar que algum cambista foi assaltado?
A bandidagem respeita a turma do jogo do bicho.
Respeita porque sabe que o jogo do bicho tem segurança.
Segurança que os bicheiros mesmo providenciam.
A bandidagem não respeita é o cidadão que paga impostos para ter segurança e não tem.
Famílias sendo expulsas das suas moradias é coisa que acontece há muito tempo no Rio de Janeiro. Lá a lei é ditada pelos traficantes que dominam bairros inteiros.
Se na Colômbia as FARC dominam uma determinada região, no Brasil os traficantes dominam dentro de cidades bairros inteiros onde a polícia não tem o atrevimento de entrar.
OS TRAFICANTES PROÍBEM A POLÍCIA DE ENTRAR EM DETERMINADOS BAIRROS.
O próprio governo tem que pedir permissão aos traficantes para realizar algum evento em determinadas favelas cariocas. Isto aconteceu na visita do Papa Paulo VI e do Michael Jackson. E continua acontecendo até hoje.
Mossoró chegará a este ponto?
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CUSCUZ COM OVO SEM CAFÉ É SERVIDO NA MERENDA ESCOLAR.
O UNIFORME ESCOLAR AINDA NÃO FOI DISTRIBUÍDO EM MOSSORÓ.
E a PEC 37 não passou!