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terça-feira - 02/09/2014 - 06:41h
Farra "vitual"

Facebook tira postagem sobre canal pornô para deputados

Do Congresso em Foco

O Facebook apagou uma postagem feita pelo Congresso em Foco em nossa página naquela rede social. A postagem se referia a uma reportagem, de óbvio interesse público, sobre o uso da cota parlamentar da Câmara dos Deputados para pagamento de pacotes especiais de TV fechada que incluíam canais pornô e de esporte.

Contribuinte paga diversão (Foto: reprodução)

A matéria Câmara paga até canal pornô para deputados mostrou que os deputados Flaviano Melo (PMDB-AC), José Airton (PT-CE) e Renato Molling (PP-RS) pediram e obtiveram da Câmara o reembolso por despesas com os chamados canais adultos. Após a publicação neste site, a reportagem foi divulgada no Facebook com a reprodução de uma das faturas da TV a cabo e uma sinopse, além do respectivo link para os leitores acessarem a reportagem completo.

As faturas que embasam a reportagem do Congresso em Foco estão no portal da própria Câmara dos Deputados. São, portanto, documentos públicos que dizem respeito à utilização do dinheiro dos contribuintes brasileiras. A censura ocorreu na tarde da última sexta-feira (29). Imediatamente, a nossa redação entrou em contato com assessoria de imprensa do Facebook no Brasil em busca de explicações para o fato.

Estados Unidos

Essas explicações não foram fornecidas até este momento. A assessoria de imprensa da empresa alega que o retorno é demorado porque o caso foi enviado para a matriz do Facebook, que fica nos Estados Unidos. O que, evidentemente, aumenta as inquietações deste Congresso em Foco: então, decide-se nos Estados Unidos aquilo que os cidadãos do Brasil devem ler ou não a respeito dos atos dos seus deputados federais ou dos gastos do Poder Legislativo?

No aviso sobre a exclusão, o Facebook se limitou a dizer que a publicação não seguia os “padrões da comunidade Facebook”. De acordo com a lista de “padrões”,  “violência e ameaças”, “discurso de ódio” e “nudez”, entre outros, não  são aceitáveis.

Ativista

Como o caso não se enquadra em nenhuma dessas situações, o Congresso em Foco espera que o mal-entendido se desfaça e o post seja republicado, juntamente com as centenas de comentários e milhares de visualizações, compartilhamentos e likes que ele gerou.

De acordo com a legislação em vigor, a cota parlamentar deve ser usada exclusivamente para arcar com despesas relativas ao exercício da atividade parlamentar de deputados e senadores.

Foi o ativista digital Lúcio Big, também colunista do Congresso em Foco, quem descobriu o uso indevido da cota parlamentar pelos três deputados. Lúcio, que é comerciante em Brasília, criou a Operação Política Supervisionada (OPS) e mantém um canal no YouTube para fiscalizar como autoridades – sobretudo , políticos – usam os recursos financeiros recolhidos pela população.

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Categoria(s): Comunicação / Política

Comentários

  1. José Gilvan da Silva diz:

    É cada coisa que essa turma faz com nosso suado dinheirinho.

  2. LINDEMBERG GOMES diz:

    São gastos dessa e de outras naturezas (pornografia, sexo pelo sexo, erotismo e sensualidade, masoquismo, taras, fetiches, etc.) que não deveriam ser pagos com nosso dinheiro, porque os congressistas brasileiros estão entre os mais bem pagos do mundo,além deles trabalharem pouco, produzirem menos do que deviam, ainda somos obrigados a pagar suas FARRAS E ORGIAS MIDIÁTICAS. PELO AMOR DE DEUS, ONDE É QUE VAMOS PARAR?

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