Bato na mesma tecla: a festa de Santa Luzia precisa voltar às origens, mas se profissionalizando.
Também repito o que tenho escrito há tempos, diante dessa atrofia: espelhem-se nos festejos em torno de Sant’Anna em Caicó, que é a mais organizada e envolvente festa religiosa que conheço no RN.
Da higiene e organização das barracas ao envolvimento da sociedade, de tudo é possível extrair ensinamentos do bucólico Seridó. Caicó merece ser vista.
Creio que a Igreja mossoroense caiu na tentação de ceder aos encantos do erário municipal, sem ver o estrago dessa intervenção. Os anos recentes têm sido assim.
Temos uma espécie de carnavalização da festa pagã, com influências na própria programação religiosa.
Um webleitor chegou a escrever que ao espraiar bares, barracas etc por avenidas e ruas próximas à Catedral de Santa Luzia, terminaram por reproduzir uma idéia temática à semelhança da alucinógena Canoa Quebrada (Aracati-CE). Faz sentido.
Santa Luzia não merece, menos ainda seus devotos.
O que sobrou é desestimulante, aquém daquilo que inflava nossos corações e sentidos no passado, período que se transformava numa oportunidade de encontro e reencontro com a própria identidade local. Quanta saudade! Das novenas às "pescarias".
Não sei o que falta mais a Mossoró, em termos de dependência, alheamento, inversão de valores e desvio de conduta. Uma pena.
Vivemos a idade das trevas, com a supremacia da estupidez e da idiotia. É a "tirania do laquê".
Carlos, enquanto isso, a Assembléia de Deus em Mossoró continua crescendo a todo vapor. Neste último mês de novembro inaugurol 13 novos templos da igreja em Mossoró.
Grande abraço.
Caicó e seus filhos, presentes e ausentes (como eu),orgulham-se de promoverem a MAIOR FESTA SÓCIO-RELIGIOSA DO BRASIL. Como você falou, há um engajamento de toda a sociedade, que se mobiliza arrumando sua casa, pintando e preservando as fachadas, participando maciçamente da festa. O caicoense sente prazer em hospedar os visitantes e fazê-los sentir-se em casa, para que divulguem e retornem a cada ano. É lindo de se ver, o “clima” da cidade muda. Não há um só filho de Caicó que não viva as emoções da Festa de Sant’Ana intensamente, mesmo estando ausente. Indescritível…
Resido há 31 anos Carlos, na rua Machado de Assis, distante três quadras da pça vig. Antônio Joaquim. Há mais ou menos 10 anos, esta artéria servia de estacionamento, à noite, para quem vinha assistir/participar da parte pagã dos festejos em homenagem a nossa padroeira. Hoje, incluíndo aí o final de semana passado, 06 e 07, o movimento de veículos é ínfimo, não incomada os moradores da rua, quando estes desejavam entrar ou sair de suas residências de carro. Eu mesmo não assisto ao oratório de Santa Luzia desde 2005. Não tenho incentivo cultural para vê-lo. Lembro-me muito bem que, nos primórdios anos que frequentava a pça do “Cid”, no auge da festa, tinha que chegar cedo para “pegar” um bom lugar e assistir a queima de fogos de artifícios cruzando a praça, que ficava totalmente as escuras, dentre muitas outras atrações. Uma maravilha! Atualmente, quando caminhamos de manhã pelas ruas adjacentes à praça, parece que estamos em um gigantesto sanitário, não há narina que suporte o odor de mijo. Perdeu-se o sentido comemorativo popular da festa de Santa Luzia. Lamentável.
A necessidade do povo é de ouvir a voz de Deus, pouco importa a parte profana. O novenário está sendo muito bem refletido, concerteza ficará algo nos corações dos verdadeiros féis.
a ignorancia prevalece…. tiraram as barracas da avenida sem necessidade, para atender umas dondocas imaculadas e uns crentes que que vendem vaga no céu… Mossoró do játeve.