Em 2024, o São João em Mossoró e Assú, as duas maiores cidades do oeste potiguar, atraíram aproximadamente dois milhões de pessoas. De acordo com pesquisas do Instituto Fecomércio RN (IFC), o movimento gerado pelas festas juninas injetou mais de R$ 456 milhões na economia dos municípios: sendo cerca de R$ 358,5 milhões, em Mossoró; e aproximadamente R$ 98 milhões, em Assú.
Em Mossoró, os empresários dos segmentos do Comércio, Serviços e Turismo, tiveram acesso aos números apresentados nesta terça-feira (23), pelo diretor de Inovação e Competitividade da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (FECOMÉRCIO/RN), Luciano Kleiber.
Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Mossoró (SINDILOJAS), Michelson Frota, o resultado das pesquisas reforça o potencial econômico dos festejos juninos.
“O São João é um período muito aguardado não apenas por quem vai festejar, mas também pelas milhares de pessoas que dependem do comércio local. O resultado da pesquisa do Instituto Fecomércio RN é mais uma amostra desse impacto grandioso das festas juninas, que usam a cultura para fomentar a economia e beneficiam principalmente os nossos pequenos empreendedores”, ressaltou Michelson.
Mossoró cresceu mais de 66%
De acordo com a pesquisa do IFC, a maior parte das pessoas que participaram do Mossoró Cidade Junina pertence ao sexo masculino (55,3%), tem de 16 a 24 anos de idade, possui ensino superior completo, vive com renda família de 2 a 5 salários mínimos e foi à festa com amigos. Além disso, cerca de 49,3% eram visitantes ou turistas – que viajaram principalmente das cidades de Natal (12,6%), Fortaleza (3%) e Assú (2,9%).
As atrações (96,3%), a divulgação (96,2%), a organização (93,8%) e a segurança (90,1%) foram os itens mais elogiados pelos participantes da festa, que avaliaram o São João de Mossoró com uma média geral de 9,37. A satisfação do público também pode ser observada pelo faturamento médio diário dos negócios locais, que saltou de R$ 2.781,67 para R$ 4.635,97 (+66,7%) desde a última edição do evento.
Para aproveitar o movimento gerado pela festa, os negócios da capital do oeste investiram em média R$ 14.584,34 – um aumento de 41% em comparação a 2023, quando o valor investido foi de R$ 10.330,92. Ampliação de estoque (34,2%), aumento na variedade de produtos (32,2%) e contratação de funcionários (14,4%) foram as principais melhorias realizadas pelos empreendedores mossoroenses.
Negócios em Assú
Assim como em Mossoró, a maior parte de quem participou do São João da Princesa do Vale pertence ao sexo masculino (63,8%). Além disso, a maioria tem de 35 a 59 anos de idade (47,5%), possui ensino médio completo (50,7%), vive com renda de 2 a 5 salários mínimos (49,3%) e foi à festa com a família (76,1%). Cerca de 57,3% eram visitantes ou turistas, que saíram principalmente de Natal (14,3%) e Mossoró (5,2%).
O grande volume de residentes e turistas visitando Assú durante o São João resultou num faturamento médio diário de R$ 4.858,17 – um aumento de 28,1% em relação ao valor registrado em 2023, quando cada negócio do município faturou aproximadamente R$ 3.792,93 por dia de festa. Para atender a demanda, os empreendedores locais adotaram principalmente estratégias de divulgação (49%) e promoções (39%).
“A pesquisa do IFC mostrou, mais uma vez, que a cultura pode ser uma grande aliada dos negócios locais. Só quem vive do comércio e tem uma pequena empresa sabe como é difícil atrair 169 clientes por dia, mas o São João de Assú proporcionou isso. No ano passado, que já tinha superado nossas expectativas, a média foi de 142 clientes”, destacou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Assú, Francisco de Assis Barbosa.
Metodologia – Para mapear o perfil dos participantes e a percepção dos empresários do São João de Assú e de Mossoró, o Instituto Fecomércio RN entrevistou centenas de pessoas. Em Assú, o IFC ouviu 200 empreendedores e 600 participantes. Na capital do Oeste, 200 empresários e 700 participantes foram entrevistados. O nível de confiança de ambas pesquisas é de 95% com margem de erro de três pontos percentuais.
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