quinta-feira - 26/09/2019 - 23:10h
Operação Hígia

Filha e ex-genro de ex-governadora são condenados

O Ministério Público Federal (MPF) obteve a condenação de Ana Cristina de Faria Maia e Carlos Roberto do Monte Sena, filha e então genro da ex-governadora do RN Wilma de Faria (já falecida), por lavagem de dinheiro. Eles dissimularam a origem de R$ 200 mil, utilizados para impulsionar a campanha eleitoral de reeleição da ex-governadora, em 2006. Os recursos eram oriundos de fraudes em licitações e contratos da Secretaria de Estado da Saúde (SESAP/RN).

Foram denunciados pelo MPF/RN na denominada Operação Hígia – deflagrada em 13 de junho de 2008, após recolher diversas provas de ilícitos cometidos durante o período de 2006 a 2008.

O casal, por meio de movimentação bancária com fracionamento dos valores desviados, recolhia parcelas dos contratos fraudulentos em forma de doações de campanha. O esquema era coordenado pelos empresários Jane Alves e Anderson Miguel, já condenados pela Justiça Federal. A denúncia foi baseada em provas colhidas no curso da Operação Hígia e na colaboração premiada dos empresários.

Crimes

O MPF constatou que as supostas doações tinham “a finalidade de manter a organização criminosa junto ao aparelhamento estatal, (…) com conhecimento prévio do ilícito por parte de Ana Cristina e Carlos Roberto, tendo em vista que todos tinham ciência de que os recursos financeiros ostentados pelo casal eram oriundos da prática de crimes”.

Na decisão, o juiz da 14ª Vara Federal do RN, Francisco Eduardo Guimarães Farias, considerou que “restou claramente confirmado que os acusados receberam de um dos integrantes do esquema fraudulento (…) valores expressivos a título de contraprestação para manter a empresa A & G Locação de Serviços nos contratos firmados com o governo estadual, os quais seriam possivelmente pulverizados na campanha eleitoral de Wilma Faria ao governo do Estado”.

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Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público / Política

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Observem a data.
    2006.
    Quem cometeu peraltices há alguns anos, alguns continuam cometendo ainda hoje, e pensa que tudo caiu no esquecimento está a cometer um ledo engano.
    Breve teremos novidades.

  2. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Em Natal 66ª fase da Lava Jato apura lavagem de dinheiro praticada por funcionários do Banco do Brasil.
    Esta notícia está no G1 RN.
    Estou cansado de dizer que é preciso trocar os gerentes dos bancos oficiais nomeados pelos governos Lula, Dilma e Temer. Até este momento nenhum gerente foi trocado nos bancos oficiais pelo governo Bolsonaro.
    Só está faltando voltar o Geddel para a CEF. Se ele voltar vai ser com malas maiores…
    Até quando vamos viver neste faz de conta?

  3. Amorim diz:

    É meu caro Inácio, a “coisa aqui tá feia” ; esperança ?
    Tenho, vou esperar mais 50 anos.
    Fui.

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