Li à semana passada, na coluna do jornalista-diretor do Jornal de Fato, César Santos, que o deputado Leonardo Nogueira (DEM) defendia outro nome à Assembléia Legislativa, dentro do governismo. Faz sentido.

Realmente ele quer essa postulação, mas para substituí-lo. Não se trata de "outro nome". O nome é Jerônimo, seu filho.

A princípio, esse sonho chegou a ser alimentado pelo pimpolho do parlamentar antes da campanha de 2006. Investigações quanto à “Máfia dos homens de branco”, envolvendo o seu pai em escândalo na saúde mossoroense, ameaçavam o projeto familiar.

Leonardo resolveu enfrentar a disputa, até para reforçar blindagem contra o problema. Daí, Jerônimo recuou da intenção de ser deputado. Até então, mesmo discretamente, promovia doações de cadeiras de rodas e outras “benemerências”.

Ano passado, no dia 2 de junho, Jerônimo apareceu em nova faceta. O papel de empresário. Ganhou licitação para instalar uma lotérica na Avenida Presidente Dutra, Alto de São Manoel, em Mossoró. O valor vencedor foi de R$ 102.284,00 (processo de concorrência 038/08).

Já sua noiva, Glenda Soares de Lima, ocupante de cargo comissionado na prefeitura, obteve igual conquista para a Rua Coelho Neto, no Boa Vista, num lance vitorioso de R$ 86.846,50 (processo de concorrência 032/08).