Depois do "fim do radicalismo" com a união PMDB/PFL em 2006, chegamos à "era do cinismo" com a campanha 2010.
Ninguém é de ninguém. Nem verde nem encarnado. Nem barurau nem bicudo.
Modelo político vigente está esgotado.
Pior é que apesar de vivermos a reta final de um ciclo, não sabemos nada do posterior. Pode ser muito pior.
Responsável constitucional por qualquer reforma política, o Congresso Nacional não a promove.
Por quê?
Simples: se assim agir, boa parte de seus componentes será expurgada.
O modelo atual privilegia oligarcas, plutocratas, lobbystas e outras faunas com visão reducionista, espoliadora, excludente e patrimonialista da política.
Poda vocações, limita espaço para forças alternativas, inibe a influência de minorias e produz o desinteresse nos jovens.
Mudar não é fácil. Temos ainda um longo caminho a percorrer.
Entre o RADICALISMO (Onde predomina a sinceridade) e o nojento CINISMO (onde reina a hipocrisisa, a perfídia e a pusilanimidade) faço opção incondicional e inexpugnável pelas inconfundíveis veredas do primeiro.