Tenho ouvido murmúrios e rosnados quanto à atuação da Justiça Eleitoral em Mossoró, em relação à propaganda. A fiscalização, é pensamento majoritário, estaria sendo rigorosíssima e estelar.
No que cabe a mim, no exercício da atividade jornalística neste espaço ou noutros meios de comunicação em que eventualmente atuo, não tenho do que reclamar. Estou à vontade, porque sei bem os limites da legislação e não a tenho como um garrote.
Trabalho nesse “quadrado”, sob essas fronteiras legalistas, mas principalmente com uso do bom senso como referência.
A lei pode ser melhorada e mais flexível, quando melhorarmos como sociedade e civilização. Ainda somos muito exaltados, inconsequentes e passionais. Certos indivíduos só convivem com a democracia da opinião única: a sua. A que lhe contraria, é ditadura.
Vivemos ainda sob uma herança nefasta, aquele coronelismo que vê o Judiciário como apêndice e instrumento de sua vontade. Ser contrariado é uma ofensa, em vez de se encarar a intervenção mediadora e limitadora da Justiça como uma garantia à ordem.
Talvez muitos estejam estranhando a desenvoltura do juiz Herval Júnior, a quem coube essa tarefa, por ser novidade uma conduta tão incisiva e proativa de um judicante. Se concordo ou discordo com seus métodos, é irrelevante. É seu modus operandi. Um jeito de ser Herval Júnior. Doutor Herval Júnior.
Cabe a quem se sentir tolhido em seus direitos, constrangido ou claramente injustiçado, reagir com os intrumentos que a legislação oferta. Não há o que temer. A omissão é que me parece temerária.
De uma coisa o magistrado não poder ser acusado: de estar fazendo tipo. José Herval Sampaio Júnior como juiz, professor, escritor jurídico e cidadão, é o mesmo. Loquaz, elétrico, agitado, intensamente dedicado ao que faz, ele tem perfil de um pacificador social e conciliador.
Nem sempre consegue agradar a todos; o que é ótimo.
Candidatos e as grandes estruturas devem estar incomodados, porque num passado não muito remoto conviveram com outros juízes retos, mas indisponíveis à atuação de infantaria, sem as vendas da deusa Diké (símbolo grego da Justiça). Uma questão de estilo pessoal, dentro da lei.
Com Herval é diferente. É diametralmente o oposto da postura comedida de colegas que lhe antecederam. Tornou-se um chato de plantão. Quebra, com isso, uma espécie de acordo tácito à transgressão de lado a lado, que há tempos era adotada pelos políticos locais, como se a ‘legislação deles’ pudesse ser justa para todos.
Alguém aí o acusou de ser parcial e inquisitorial em relação a esse ou aquele candidato, partido ou coligação? Não ouvi. Tem sido um chato isonômico, tenho ouvido.
Diké agradece, de olhos bem abertos, que se diga.
Carlos Santos: O trabalho da JUSTIÇA ELEITORAL deve ser elogiado e não cabe nenhuma reclamação no que diz respeito aos absurdos que os politicos querem e fazem toda a vida. Se estamos no transito, na cidade ou nas estradas somos severamente fiscalizados, nós comerciantes somos fiscalizados pelo poder Municipal, Estadu-al e Federal, além da Previdencia, a Justiça é fiscalizada (ou era para ser) pelos corregedores, nas forças arma-das sempre tem um superior. Por que esses politicos não querem ser fiscalizados ????????? DA-LHE JUSTIÇA,DA-LHE DR HERVAL. PARABÉNS PELO DESEMPENHO, RAFAEL NEGREIROS
Está de parabéns o Dr. Herval.
Carlos Santos,
Esta semana tive o prazer de assistir o Dr. Herval sendo entrevistado pelo jornalista Carlos Cavalcante através da TV Mossoró e naquele momento em um dos pontos (eleições), que foram discutidos o mesmo fez uma pequena explanação sobre a propaganda de carros de sons. Pois bem. Dizia o mesmo que está havendo por parte das coligações abusos e que já autorizou em certos dias o não funcionamento dos chamados paredões. E tem mais: Dizia que em vez do candidato ganhar voto faz é perder. Por quê: A maioria do eleitorado está indignada com tamanha poluição sonora. Perturbam idosos, crianças recém nascidas, jovens, adultos, meio ambientes, etc. Corretíssimo esse competente Juiz.
Não admiro o magistrado em questão, desde um episódio que tive a infelicidade de presenciar.
Não obstante, o trabalho deste na Justiça Eleitoral está excelente… Muito bom msm.
Penso, alias, sempre pensei, que a justiça tem de ser atuante, tem de ir ao encontro dos anseios da sociedade, Quando via e acompanhava de longe, o trabalho e a preocupação do Dr. Herval para com a busca da efetiva justiça e o fortalecimento do (como ele mesmo diz) Estado Constitucional Democrático de Direito para todos, já o admirava, é claro, percebendo algumas falha, aqui e ali, natural de todo ser humano (mas o bónus é infinitamente maior que o ónus, diga-se). Hoje, tenho o prazer de acompanhar seu trabalho de perto, inclusive, participando, ajudando-o (as vezes, atrapalhando), passei a admira-lo grandemente, seu jeito “aguniado” como dizem alguns, nada mais é que, sua vontade de fazer valer o direito a todos, de forma igualitária, e isso incomoda muito os que se acham mais, ou mesmo, tem mais condições financeiras que outros, e acham que a sua vontade é a unica lei que realmente importa. Parabéns para o Dr. Herval sim, que essa “sede” de lutar pelo que acredita, nunca acabe nele, e que sirva de exemplo a todos os cidadãos, não só em Mossoró, mais em todo o Brasil.