Por Caio César Muniz
Eu, cactus do sertão
tentei ser pedra,
luta vã,
não consegui.
Nasceram flores
ao amanhecer
do primeiro inverno.
e lágrimas brotaram
da pedra em plena
seca.
Descobri:
sou cactus,
tenho espinhos,
mas não posso negar
minhas flores.
E pedra é pedra,
chora, mas não ama.
Caio César Muniz é poeta e escritor cearense há muitos anos radicado em Mossoró
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