Nessa última quinta-feira (16), às 16h48, publicamos a postagem sob o título “Intervenção federal na segurança pública do RN deve ser cogitada”. Houve muitas vozes resmungando e contestando o conteúdo da matéria. Mas, não exageramos nem mentimos sobre essa hipótese.
O jornalista Caio Junqueira, da rede CNN, traz informações de bastidores, do Palácio do Planalto em Brasília, apontando mesmo nessa direção – como atestamos. Existe um prazo interno, não divulgado, para que as providências tomadas pelo Governo Fátima Bezerra (PT) deem resultado.
Se chegar a domingo (19), ainda em caos, a operação Garantia da Lei e da Ordem (GLO) será decretada. É uma iniciativa exclusiva da Presidência da República. Acontece “nos casos em que há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem.”
A GLO não foi aplicada até o momento no RN, por uma questão política. A excepcionalidade pesaria muito negativamente contra uma aliada muito próxima ao presidente Lula, ou seja, a governadora Fátima Bezerra. Praticamente a assemelharia ao ex-governador e adversário Robinson Faria (PSD, hoje no PL), que em 2017 contou com esse amparo para controlar conturbação da ordem.
Números do passado
Nessa ocasião, as Forças Armadas e Força Nacional tiveram mais de 2.800 homens atuando no RN, reduzindo drasticamente a criminalidade. Nos 15 dias de atuação, a Força-Tarefa Guararapes realizou 14 mil ações de prevenção e combate, como patrulhamentos a pé e motorizados, proteção de áreas de interesse, postos de bloqueio e controle de vias urbanas, entre outros. Seu comando foi do conceituado general de brigada Ridauto Lúcio Fernandes (veja AQUI e AQUI). Só em Mossoró, a GLO teve cerca de 800 homens.
O ‘remédio’ empregado até o momento é usar crescente contingente da Força Nacional, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF) e Força de Cooperação Penitenciária (FOCOPEN) – veja AQUI e AQUI – no socorro à governadora amiga. Acrescente-se, o fato de polícias militares do Ceará, Paraíba e Pará também reforçarem essa campanha. Na realidade, uma GLO à moda da casa, com contingente armado que pode passar de 700 homens/mulheres no RN.
No Senado, o presidente desse poder, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), encaminhou à Presidência da República o da Casa a partir de manifestação do senador Styvenson Valentim (Podemos), para emprego das Forças Armadas. As próximas horas dirão o que será feito ou não. Nesse redemoinho está o cidadão, bem no centro dele. indefeso.
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Ñ tem condições de Fátima continuar a frente mais da segurança pública é preciso uma intervenção federal urgente. Esse desgoverno,que eu votei, humilha e engana profissionais de saúde, profissionais de educação. Fora Fátima!!
Claro, de muito adiantará um tanque e um blindado guarani patrulhando as ruas de Natal e Mossoró. A confusão entre forças de defesa e de segurança não parece ingenuidade, mais parece ter um propósito. O que diria Balzac sobre isso?
A atual situação é mesmo semelhante à greve da polícia militar no final de 2017? Obviamente que não! E usar tal momento como desculpa para uma GLO é apenas mais um indício de interesses ocultos.
Por fim, ao que me consta, tanto o Sr presidente do senado quanto o Sr Caio Junqueira estão em Brasília. Bem longe, portanto, da resite realidade do RN. As palavras de ambos pouco ou quase nada valem.
Aguardemos a segunda-feira para ver se a “apuração” de bastidor do citado jornalista, e aqui repercutido, teve mesmo algum fundo de verdade.
Voltei em 2024, à luz da história, para dizer que o RN não precisou de GLO e que jornalismo se faz com responsabilidade e credibilidade, ambos em baixa nesse momento em vários “canais de informação”.
O Sr Junqueira já é conhecido pela prática da barrigada. Mais alguém por aí é adepto? Vergonha na cara é para poucos. Mas a memória e a história desmonta máscaras.