Poeta, homem de comunicação e compositor, um amigo de longas dadas reproduz situação que preciso repassar. É sobre a produção musical (?) da maioria das bandas de forró da atualidade.
Seu relato chega a ser hilariante.
Conta-me que encontrou um grupo de relativo sucesso e resolveu comentar sobre letras próprias. Temas dos mais variados sobre o cotidiano nordestino.
Foi desdenhado.
– Só ontem à noite a gente fez 16 músicas – adiantou um dos músicos da banda forrozeira.
Ou seja, com esse resultado em escala industrial, não há necessidade de letra alguma, lógico.
Meu amigo entendeu que sua presença era dispensável.
As músicas ditas “feitas por eles”,são versões chulas de hits dos anos 70 e 80,tipo “Philosofer”,que a grande bosta ‘Zezo’,chama de “nossa música”.Homi,vá cagar!
Prezado Carlos,
Esse pessoal dessas bandas do CE, PB, RN e PE, que toca um monte de besteiras, deveria dizer que toca outra coisa. Forró é que não é. Quanto à s “letras” das músicas, são da pior qualidade. É uma pena que recebam grande incentivo do Poder Público, pois hoje, em qualquer festa popular promovida pelo Poder Público, nove de cada dez apresentações musicais são essas bandas, que não têm nada de forrozeiras. Enquanto isso, verdadeiros artistas nordestinos, Ãcones da verdadeira música regional do Nordeste, são propositadamente esquecidos pela mÃdia e também pelo Poder Público, que poderia e deveria melhorar o nÃvel das suas festas. Olhe a programação do Mossoró Cidade Junina e veja que em sua quase totalidade as atrações “de peso” são essas bandas, que, com o tempo, mudam o nome, repintam o ônibus e vão “fazer sucesso” com outra roupagem.
Que é isso, gente?
Forte abraço,
Alcimar.
Luiz Gonzaga, Nando Cordel, Alcymar Monteiro, Dominguinhos, Elba Ramalho. São exemplos do verdadeiro forró. Essas bandas “forrozeiras” são lixos. E não são recicláveis. Porque nada nelas se aproveita.