Com a sucessão municipal mossoroense em efervescência e a Prefeitura soterrada por problemas homéricos, o prefeito Francisco José Júnior (PSD), o “Francisco”, resolveu relaxar longe do tumulto. Tomou distância dos problemas e desembarcou na Grande Natal para uma folga autoconcedida.
Resolveu se reencontrar com o mar e com um esporte que cultua: o surf. Numa linguagem coloquial, ele relatou sua programação para internautas à noite noite dessa sexta-feira (23), em apenas 30 segundos.
– Boa noite, galera. Estou terminando aqui uma tarde de surf – apresentou-se. Segunda-feira (19), Francisco anunciou desistência de sua candidatura à reeleição (veja AQUI), mas sem oficializá-la até o momento perante a Justiça Eleitoral.
Com uso – mais uma vez – do aplicativo Face Live na Internet, Francisco disse estar em Barra de Tabatinga (município de Nísia Floresta, a cerca de 40 quilômetros de Natal).
Sem camisa, ao lado do irmão Miguel Silveira e com a sinfonia do vai e vem das ondas como trilha sonora, o prefeito-surfista evitou falar em política e em gestão municipal, que ficaram a mais de 285 quilômetros de distância.
Surf e açaí
– Aproveitando essa tarde aqui surfando com meu irmão Miguel, aqui em Tabatinga, comendo aqui um açaí, mais tarde jantar com toda família (sic) – destacou.
Em Mossoró, o prefeito deixou 184 candidatos a vereador, militância e dirigentes partidários surfando em dificuldades (veja AQUI) desde sua “desistência”.
Na Prefeitura, os desdobramentos de sua passagem como uma tsunami só poderão ser melhor medidos pelo sucessor. A população sentiu bem antes, a ponto de inviabilizá-lo eleitoralmente.
Enfim, “o inferno são os outros”.
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De há muito Francisco já vinha dando sinais de que não está bem.
Aceitou ir receber o título 100 melhores prefeitos do Brasil. No outro ano repetiu a dose, apesar de ter sido advertido que tudo era uma muganga. E o pior, para receber pela segunda vez teve que pedir licença de 10 dias e viajar para bem longe, com enfrentamento de despesas altíssimas.
Depois passou a perseguir todos os que o criticavam, chegando ao cúmulo de pressionar profissionais da imprensa. E como o seu desejo em Mossoró é uma ordem, todos sabem o que aconteceu com um conceituado profissional de imprensa.
Depois, não tendo distribuído nada a título de UNIFORME ESCOALR, exige que os alunos compareçam devidamente uniformados. Para isto permite a venda de blusa que arremeda o UNIFORME ESCOLAR dentro dos colégios pelo preço de R$ 15,00. Isto eu denunciei aqui neste blog e no programa CIDADE EM DEBATE, Rádio Rural, apresentado pelo Carlos Cavalcante, inclusive levando a blusa comprada. Tudo isto foi denunciado e ninguém adotou nenhuma providência.
Não satisfeito com tudo isto, inventa a construção do Santuário de Santa Luzia com uso de recursos públicos, mesmo sabendo que não poderia usar dinheiro da prefeitura para erguer templo religioso. Nesta empreitada contou com o valioso auxílio de uma condenada em primeira instância a mais de 7 anos de cadeia por prática de improbidade administrativa na que ficou conhecida como operação SAL GROSSO. Ao tentar alertar o clero de que era tudo uma armação terminei sendo visto como invejoso e fiquei totalmente queimado. Mas se tivesse que tudo fazer novamente, faria.
Não satisfeito anuncia a existência de um doador de 15 milhões para a realização da obra. O tempo passou e do doador ninguém ouviu mais falar.
Para encerrar, recomendo que vejam a propaganda eleitoral do Francisco na Televisão. Se depois disto ainda tiverem alguma dúvida de que Francisco não está bem recomendo que procurem um bom médico.
Rezo para que antes do final do mandato Francisco não invente de tocar fogo em Mossoró e colocar a culpa nos seus adversários políticos e nos que o criticam por entender que Mossoró não merece passar pelo que está passando.
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OS RECURSOS SAL GROSSO SERÃO JULGADOS A QUALQUER INSTANTE.
CADÊ AS BLUSAS QUE A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO PROMETEU E NÃO ENTREGOU AOS ALUNOS?
E a ironia é que esse aí e o pai queriam dar férias aos Rosado, mas a uma semana das eleições abandona a todos, para surfar. Curtir um “findi”. Ah, Mossoró.
Há algo estranho nisso …mais pessoas envolvidas, talvez um complô, golpe que não vai surtir efeitos
Jor