sábado - 26/04/2008 - 09:57h

Futebol que dá exemplo, política de dar dó

Passei os últimos dois ou três dias de "molho." Quase não li ou vi nada em TV ou Internet. Jornais impressos, passei longe. Mas ficou impossível não acompanhar o barulho dos subterrâneos da política natalense.

Há pobreza de idéias, ausência de valores ideológicos, mas ninguém pode se queixar da falta de novidades, numa luta renhida pelo poder. Também é bom que se diga: existem nomes muito valorosos, em condições – pelo menos em tese – de dirigirem nossa linda capital.

Já na segunda maior cidade do RN, que é regularmente tomada por surtos de complexo de inferioridade, produzindo epítetos como "Capital do Petróleo", "Capital da Cultura", "Capital do Oeste" etc, nada acontece de novo. Mossoró dá sono. Provoca náuseas.

A teoria "mossorocêntrica" que tenta fazer do lugar um "país" à parte, só se enquadra nessa tese pela bizarrice de sua política. Assim, os mais variados setores da sociedade terminam afetados por tamanho atraso.

Na boa terra mossoroense, de enorme capital humano, sua elite política já inventou "democracia sem disputa" e "capitalismo sem concorrência". É governo, oposição e andou ensaiando ser "alternativa." Um país, sem dúvidas. Para poucos.

O único local democrático, sob a ótica da dialética, é o "Estádio Nogueirão."

Nunca vi Potiguar e Baraúnas sob o manto de conchavos espúrios ou arrumadinhos por resultados fajutos. Talvez por isso, tenham ocorrido tantos avanços e conquistas para o futebol nos últimos anos. Não é por acaso.

Um lado é alvirrubro, outro tricolor. Separados, mas civilizados. E olha que não faltaram vozes defendendo a fusão de ambos, que encerraria décadas de disputa sadia. O povo não aceitou.

Quando a massa reagir da mesma forma em relação à política…

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. Diego Tobias diz:

    É de uma absoluta incompreensão, termos um país que reúne todos os fatores que favorecem a riqueza e a prosperidade e um povo que luta diariamente para conseguir pôr comida no prato; ter uma classe de intelectuais e uma elite respeitada peça capacidade de pensar e realizar e, do outro lado, políticos tão incapazes de gerir o país com um mínimo de visão, sem um plano de metas para o futuro, sem ações que visem à melhoria da condição dos brasileiros.
    Uma empresa que produz um bom produto e tem bons mercados para escoá-los, só quebra por incompetência ou roubo/furto. Se o custo está elevado, reorganiza a estrutura, demite, muda as regras e refaz os planos.
    Ao invés de planos, vemos os governos quase sempre atrapalhados, cuidando dos seus próprios interesses ou, então, apagando incêndios típicos de quem conduz um navio sem rumo, indo e voltando para o mesmo lugar. Fingem trabalhar fazendo retrabalhos e, volta e meia, fazem melhorar um ou outro índice, quase sempre artificial, que não se sustenta por falta de base sólida e rumo definido.
    Até quando vamos ficar assim?
    Inovar. É disso que precisamos. Romper paradigmas com uma equipe que tenha a percepção de enxergar o futuro e competência para liderar mudanças. Mudar e modernizar um país emperrado por leis e mais leis, a maioria pífias, que burocratiza o pobre e alimenta a fornalha da corrupção; um país atrasado e com uma máquina pública paquidérmica que impõe obstáculos e que suga vorazmente o dinheiro bom da produção e dá em troco insegurança, fome, desemprego e tantos outros males que todos já sabemos decorados.
    Vem aí eleições 2008.
    Jajá aparecem políticos nas televisões e panfletos, cheios de promessas…
    sds. Diego Tobias,
    Bacharelando em Direito pela Faculdade Mater Christi.
    ( //diegotobias.blog.terra.com.br )

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