quinta-feira - 11/10/2007 - 00:03h

Gerente do INSS se diz um homem de “boa fé” e inocente

Gerente executivo da agência Mossoró do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Francisco Canindé da Silva se define como "transparente" e um homem de "boa fé". Essas características ele traçou em entrevista coletiva hoje às 15h, em seu gabinete de trabalho.

Após cinco dias presos, no arrastão da "Operação Via Salária" da Polícia Federal, que levou 23 pessoas à prisão, Canindé se disse surpreso com seu envolvimento no rol de supostos fraudadores da Previdência. Com 25 anos de INSS que serão completados no próximo dia 18, Canindé filosofou sobre a própria vida para começar a se defender:

– O que sou agradeço a Deus e aos meus pais; o que tenho, agradeço ao meu trabalho e à minha instituição.

Ele negou qualquer envolvimento ativo ou passivo com diversas irregularidades que teriam sido levantadas Polícia Federal.

"O próprio juiz (magistrado substituto da 8a Vara da Justiça Federal, Tércius Maia) entendeu que não havia razão para me manter preso", arguiu. "Vocês (a imprensa) sabem mais do que eu", transferiu. 

"Eu não tenho nada a esconder (…). Eu saí sem depor, mas estou à inteira disposição da Polícia Federal", adiantou.

Segundo versão da Polícia Federal, pelo menos R$ 5 milhões teriam sido desviados em golpes articulados em benefícios e perícia médica em nível de INSS, envolvendo funcionários da autarquia, advogados e verdadeiros "despachantes" das ilicitudes. Entretanto Canindé ponderou que nunca soube de nada.

Dizendo-se um "homem de equipe", ele assinalou que não chegou a notar qualquer sinal de riqueza incompatível entre os servidores da agência (205).

Canindé informou durante a coletiva, que a seu pedido a Superintendência do INSS no RN resolveu "dispensá-lo" do cargo. Será substituído pelo gerente executivo substituto, Francisco Osimar da Silva, com 23 anos de Previdência. A portaria foi publicada hoje. É retroativa ao dia 4 de outubro.

Francisco Canindé ficará trabalhando normalmente na própria agência, sem o cargo de chefia.  

Francisco Canindé, sem titubear nas palavras, pediu à opinião pública que evite prejulgamento dos envolvidos e deixe "que a Polícia Federal investigue e a Justiça julgue". Comentou que não se sentia traído por qualquer um dos servidores do INSS ainda presos. "Até que provem que são culpados, são inocentes iguais a mim", comparou. 

A agência do INSS de Mossoró tem jurisdição sobre 89 municípios e onze unidades, movimentando até o momento este ano o volume de R$ 655 milhões.

Canindé está na Gerência Executiva há 62 meses.   

 
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Categoria(s): Nelson Queiroz

Comentários

  1. idinaldo diz:

    Veja e faça algum comentário para este iniciante, //georgeharrison.zip.net/index.html
    é um amigo meu, abraços Idinaldo

  2. sergio sousa diz:

    Caro Carlos, causa-me no minimo estranheza o ex gerente afirmar que pediu dispensa da função, pois (retroativamente? ) nas regras do serviço pubico, quando se exerce um cargo de gerenciamento/gestão que se pede dispensa do cargo a portaria de dispensa, deverá constar no ato ” DISPENSA À PEDIDO”, e qual a forma de comunicação/documento que o ex Agente (sr. Antonino ) fez para também ser dispensado??? uma vez que está imcomunicavel?

    um abraço

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