Nesta página já publicamos versões de lado a lado. Argumentos de lado a lado. Justificativas de lado a lado.
Enfim, o primado da pluralidade tem sido obedecido pelo Blog na abordagem anunciativa e analítico-opinativa sobre o projeto de remanejamento orçamentário, que tramita na Assembleia Legislativa.
Agora, trato de meter minha própria colher.
Vejo que é nítida a tentativa de manipulação da imprensa e "venda" de meia-verdade, para se justificar uma gincana baseada na politicalha.
A bancada oposicionista, sob o comando do presidente da Casa e pré-candidato a vice-governador pela oposição, Robinson Faria (PMN), tenta emperrar o governo Iberê Ferreira (PSB). É uma manobra legal, mas iníqua.
O suposto zelo pela coisa pública e a aparente vontade de se avaliar melhor a matéria escondem outra aspiração mais forte: impedir o governador e pré-candidato ao governo, Iberê, de efetivamente governar.
O remanejamento não significa falta de dinheiro. Existem recursos. Entretanto o governante pleiteia – pela via legal – o apoio da Casa à acomodação da receita a prioridades de sua gestão.
Esse é um novo governo e tem suas próprias prioridades. Remanejar, sem clara disposição legal, é ilegal. Os deputados sabem disso. A grande maioria da sociedade, não. Nem é esclarecida sobre a questão.
Não há boa vontade porque existe má vontade. Simples.
A maioria desses mesmos deputados, hoje tão "zelosos" com o dinheiro público, até bem pouco tempo estava aliada e alinhada ao governo Wilma de Faria (PMN). Em diversas oportunidades agiu de forma diametralmente oposta. Temos um preciosismo de ocasião. Para a ocasião.
Se o temor é que o governo dispare uma série de convênios com prefeituras e promova programas sociais com desdobramentos eleitoreiros, sejamos honestos: que se pronunciem como tal, denunciem, convoquem Ministério Público e utilizem de suas prerrogativas como legisladores (legislando e fiscalizando).
Sempre defendemos um legislativo livre, autônomo e capaz. É assim que o parlamento deve ser.
Mas esse faz-de-conta na AL, é apenas o biombo de um modelo político que se repete, para continuar o mesmo, no Rio Grande do Norte. Esconde outros propósitos.
Esses truculentos deputados da Oposição engendraram um modelo absurdo para emperrar a máquina administrativa do estado. De forma acentuada,surgirão os revezes do destino,que os envergonharão numa posteridade que já se anuncia.
Lúcido e certeiro o seu comentário, afinal esses mesmos deputados que estão tentando dar um ar de “moralidade” a esse pedido de remanejamento do governo são os mesmos que mamaram durante sete anos no governo de D. Wilma de Faria ou foram submissos e condecendentes em governos anteripores (José Agripino e Garibaldi Filho) e com certeza também o serão em um hipotético governo de Rosalba, uma lástima nossa classe política, mas os culpados são os eleitores que os escolhe.
Um abraço.
Caro Carlos,
Causa espanto como os políticos em nome dos seus próprios interesses, na maioria das vezes os mais mesquinhos, jogam da maneira mais deslavada com as necessidades da população.
Não querem saber se do outro lado se encontra uma população carente da presença do Estado, pois o que importa mesmo é se perpetuarem no poder a qualquer custo, seja juntos com Alves, Maia, Rosado, Faria, Melo, o escambal.
Cada defende o seu espaço na divisão do dinheiro e do poder. O resto é rsto.