A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) identificou ontem através de postagem em seu endereço próprio, no Twitter, reproduzido como nota oficial pela Assessoria de Imprensa do Estado, que o ‘twitaço’ de 1º de maio foi “orquestrado”.
Claro que foi. Nasceu nos intramuros da Universidade do Estado do RN (UERN), um ambiente que por sua natureza precisa ser pulsante, dialético e conectado com o cotidiano do seu espaço geopolítico. O movimento que foi levado ao Twitter, a projetando negativamente no Brasil e mundo, não se tratou de um excesso, mas um exercício de vontade individual e coletiva.
Foi tão legítimo, como o aplauso orquestrado o é. Se a governadora pode ter claque cibernética e presencial, por que quem reprova seu governo não pode fazer o mesmo? Ora, ora.
As claques de políticos no Twitter são normais, como são normais na vida real, lá fora. Protestar é uma manifestação democrática, sobretudo se feita com civilidade – em qualquer espaço de convivência humana, virtual ou real.
A própria governadora admite em sua nota, que ‘precisa melhorar’. Conscientemente ou não, percebe que a revolta não é para ser ignorada. Subliminarmente procurou partidarizar a revolta, porém sem maior êxito.
Deputados reclamam
O protesto contra o governo ocorre até de seus aliados na Assembleia. O líder da bancada governista Getúlio Rego fez duras críticas há poucos dias – via Tribuna do Norte (Veja AQUI). Disse que o governo está solitário, num pedestal, sem dialogar sequer com seus deputados.
Deputados do governo, Hermano Morais (PMDB), Walter Alves (PMDB), George Soares (PR) e Nélter Queiroz (PMDB) disseram que não suportam mais tanto descaso e fizeram críticas a setores como Segurança Pública e relação entre governo e parlamentares (Veja AQUI).
Os ex-secretários Fábio Holanda (Justiça) e Paulo de Tarso (Gabinete) – veja AQUI – criticaram falta de planejamento, de comando e ausência de autonomia de auxiliares.Paulo foi mais contundente até, ao afirmar que a governadora não manda em patavina – mas seu marido Carlos Augusto Rosado (DEM), sem qualquer cargo, oficialmente, na administração.
Será que é tudo ‘orquestrado’ pela oposição? É orquestrado por supostos arruaceiros da Uern, recalcados do Twitter, opositores doentios? Paciência, Ó! É visível que o governo está desafinado. Tem ‘gato na tuba’ ou maestro incapaz o regendo.
Este Blog já afirmou centenas de vezes e volta a assinalar: o grupo da ‘Rosa’ tinha plano para chegar ao poder e nenhum de gestão. Usa ‘kit’ que deu certo em três administrações em Mossoró, baseado no centralismo, visão reducionista quanto à sociedade e aliados, além de propaganda e obras de visibilidade para seduzir as massas.
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Passado cerca de um ano e quatro meses de gestão, o governo ganhou a pecha de mentiroso. Não possui credibilidade. Nem a palavra da governadora é levada a sério, a ponto de um secretário que participava de reunião com grevistas da Uern, há poucos dias, afirmar que promessa dela “não voga”. O que valeria era a realidade dos números. Patético.
Como no conto infantil “A roupa nova do rei”, de Hans Cristian Andersen, “o rei está nu”. Contudo, nesse enredo verídico, muitos já apontaram essa situação constrangedora, mas os donos do poder insistem em transferir responsabilidades. Continuam achando que estão ‘fazendo acontecer’.
PARABÉNS CARLOS SANTOS. VOCÊ ARRASA COM SUAS COLOCAÇÕES BEM ORGANIZADAS, COM RESPALDO NA VERDADE. TUDO ESTÁ SENDO ORQUESTRADO MESMO, MAS É PELA PRÓPRIA SITUAÇÃO INSTALADA COM ESSE GOVERNO QUE GRAÇAS A DEUS SÓ DURARÁ MAIS 2 ANOS E 7 MESES.
Boa noite Carlos Santos.
E não vamos esquecer, o RN não é Mossoró e o governo do estado não é a prefeitura de Mossoró!
Outro Twitaço já está sendo “orquestrado” agora em defesa da SAÚDE em virtude dessa situação: //youtu.be/tTHQ3rzieDY!E vamos em frente!
Estão “orquestrando” outro twitaço em favor da saúde do RN em rasão dessa situação: //youtu.be/tTHQ3rzieDY E vamos em frente!
Tinha planos de chegar ao poder. Planos para governar o estado não existia/não existe.