No dia 05 de janeiro, por meio do decreto nº 22.143, o Governo do Estado suspendeu, por trinta dias, todos os pagamentos de dívidas do Estado do Rio Grande do Norte. Em meio às dívidas, o Governo incluiu as consignações.

Isto quer dizer, que os descontos feitos nas folhas de pagamento dos servidores, não foram repassados para as organizações a que se destinam esses recursos. Os sindicatos dos servidores e prestadoras de serviços foram os mais prejudicados.

 A Associação dos Docentes da Universidade do Rio Grande do Norte (ADUERN) é uma das penalizadas, já que apesar de ter sido descontada a contribuição sindical dos salários dos professores, a instituição não recebeu o repasse.

Para piorar a situação, a Aduern possui convênios com várias empresas que prestam serviços aos professores, desde internet móvel a supermercados e postos de combustíveis. Sem esse repasse, a entidade fica impossibilitada de realizar o pagamento desses convênios.

O professor Neto Vale, vice-presidente da ADUERN, lamenta a suspensão do repasse. “É uma parte do nosso salário que destinamos ao Sindicato, portanto o Estado recolheu indevidamente dinheiro nosso. Também reprovamos essa atitude com o Sindicato por que ela foi adotada de forma diferente da postura do Governo com relação aos municípios e aos devedores maiores. A atitude da governadora foi unilateral demonstrando uma prática que pensávamos estar abolida, de desrespeito às entidades sindicais”, desabafa.

Nota do Blog – Será que os R$ 100 mil que o Governo do Estado prometeu para o deputado eleito Vivaldo Costa (PR), em ajuda ao Carnaval de Caicó, daria para cobrir o compromisso com a Aduern?

Dois pesos e duas medidas e um nítido desvirtuamento do que seja prioridade.

Além disso, há crime de apropriação indébita. O dinheiro recolhido dos servidores, para repasse ao sindicato,  não pertence ao Estado e não poderia em hipótese alguma ser desviado para outro fim.