Quem está a favor da greve que impede o trabalhador de ir e vir em Natal, por falta de ônibus?
Por que os grevistas dos transportes coletivos urbanos da capital não fazem greve contra os patrões?
Greve mais eficiente, com apoio da população, seria com catraca livre. A parte mais sensível do corpo do patrão é o bolso.
O cidadão comum é vítima indefesa nesse duelo entre patrões e empregados.
A greve dos rodoviários em Natal tem, em ojeriza, o pior dos inimigos: o povo. Nem Justiça nem setores da imprensa ou patrões. O povo revoltado é cruel.
Como diria o velho locutor esportivo Januário de Oliveira… “cruel, muito cruel!”
Que lástima um comentário tão deturpador quanto este. Entendo a dificuldade enfrentada pelo povo e pela sociedade em geral em virtude de uma greve dos rodoviários de transporte coletivo na capital, no entanto é preciso também entender que o direito de greve é legítimo e constitucional sem distinção de categoria profissional. Usar a mídia para colocar a população contra a greve é, no mínimo, uma atitude infeliz. Entenda, Carlos, a greve é a última alternativa encontrada pelas classes trabalhistas na tentativa de conquistarem seus direitos. E claro que os rodoviários também os têm.
Outra coisa, circular com “catraca livre” poderia enquadrar os grevistas na lei processual civil e não na lei de greve. Claro que a greve é contra os patrões e, consequentemente, contra os governantes que mantêm acordos com esses patrões.
Nós, enquanto população, sofremos sim, mas precisamos entender a situação e esperar que se resolva o mais rápido possível. Negociação se faz necessária. Mas, será que os patrões estão dispostos a colaborarem?
Salientando que, a saída encontrada pelos gestores privados e públicos diante de um movimento grevista tem sido sempre apelar para o judiciário que, comumente, declara as greves ilegais imponso multas aos grevistas. Uma solução rídicula e cômoda para os gestores. Você não concorda?
Portanto, não tente fazer média com a população usuária que, nessa situação, se encontra em maior número e se expressar de forma contrária a greve.
Concordo com seu direito de opinião, mas também tenho o direito de discordar.
Não sou grevista nem tampouco simpatizante dos rodoviários, mas sou simpático do direito democrático e cidadão de lutar pelos seus direitos com os dispositivos legais que dispunham. Mas também sei que esses dispositivos legais têm ficado cada vez mais raros. Os governos que se dizem democráticos agem como ditatoriais conseguem reduzir as formas de acesso à cidadania. Uma pena.
Concordo com você, Carlos Santos!
Carlos, acho q houve um extravio com meu comentário – não foi publicado aqui. Sempre perco comentários por que os digito na caixa de mensagens que o blogue dispõe e não no processador de palavras do windows. Por isso não os salvo e muitos se perdem.
“O cidadão comum é vítima indefesa nesse duelo entre patrões e empregados.” Quem é o cidadão comum? Quem é vítima indefesa?
Desculpe, prezado Carlos Santos, mas, falando assim (nos rotulando: os grevistas), nem parece que nós, servidores, também somos cidadãos. Como bravamente falou Francisco Rodolfo, a greve é uma medida extrema e excepcional, mas não se trata de radicalismo, pois consiste num direito constitucional, direito fundamental do trabalhador, está na Constituição Federal. Vivemos num Estado Democrático de Direito. Não somos mais adeptos das correntes nem dos grilhões, se os chefes do executivos ainda se acham contemporâneos do absolutismo, eles é que estão equivocados.
Acha mesmo que a UERN, por exemplo, deve ficar a mercê de gentilezas da senhora governadora? (conheça nossa estrutura!) Acha que ela vai usar do bom senso e resolver do dia para noite a questão dramática da saúde estadual? Por isso digo, a sociedade tem que engrossar nosso coro, clamar por condições dignas de trabalho e de atendimento da população. A sociedade deve, primeiramente, se inteirar das reivindicações das categorias e saber se a greve é de fato um mal, ou uma solução. Veja se nossas reivindicações não interessam ao povo como um todo. Deviam, ao invés de criticar nossa postura, exaltar nossa bravura, pois somos nos quem expomos nossa face a tapas em prol do benefício coletivo.