Terminou na manhã desta sexta-feira (27), a greve dos professores da rede municipal de ensino de Mossoró. A paralisação, iniciada dia 4 deste mês foi motivada pela não-concessão de reajuste do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério.
A situação se tornou mais crítica após a prefeitura alterar o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Magistério (PCR-M), trazendo situações inusitadas como o fato de um professor de nível médio ficar com salário acima de um profissional com nível superior.
Para que a greve tivesse fim, representantes da prefeitura e do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) voltaram a se reunir na manhã de ontem (26), com a presença do promotor da Educação, José Hercy Pontes.
Assim, ficou decidido a lei que alterou o PCCR-M será sancionada, uma vez que por se tratar de um projeto originado do Executivo, a sua sanção é tácita. No entanto, a prefeitura se comprometeu a enviar um projeto de lei complementar com o intuito de restabelecer os níveis e classes dos educadores, inclusive de nível médio, que foram extintos.
Além disso, permanecem os percentuais diferenciais entre as classes e níveis. O reajuste concedido, no entanto, foi o mesmo ofertado inicialmente: 6,37%.
Para a presidenta do SINDISERPUM, Marilda Maria de Sousa, a greve foi bastante positiva. “Os professores deram uma aula de cidadania. Eles mostraram à sociedade como deve se lutar por seus direitos, e que não se renderam nem quando sofreram golpes baixos. Nós saímos da greve com nossa dignidade intacta”, finaliza.
Nota do Blog – Nesse enredo, quem sai muito mal na fita é a quase totalidade dos vereadores ligados ao governo, à exceção de Chico da Prefeitura (DEM), que aprovaram o projeto “no escuro”, sem aprofundarem debate provocado pelo sindicato.
Outra vez, a prefeitura impõe sua vontade e termina sendo desmoralizada, quando poderia ter aberto diálogo para discussão do projeto. Nenhuma das partes precisaria se atritar com a outra e milhares de estudantes não estariam prejudicados.
Como tenho dito há vários anos: “A patota não é do ramo”.
Foi um tiro no pé dos vereadores q foram aos meio de comunicação, falar que os professores ñ teriam perdas etc… quero ver qual vai ser o clima do vereador flavinho, da vereadora Cláudia Regina e do resto da bancada , que tava querendo desmoronar a greve, quero ver se vão pedir a prestação de contas do sindicato, é se vão aceitar um jogo.. Marilda mostra as contas, é a prefeitura mostra para a população as contas dos últimos 10 anos.
O fim da greve foi um balde de água “Gelada” na bancada, Agora vão fazer oq sempre fizeram, o executivo vai mandar o projeto, é eles vão aprovar. rs.
#ForçaChico
Em todo esse processo acho que a prefeitura deu um golpe de mestre. usou os vereadores para mudar o foco da greve, que inicialmente era a insatisfação dos servidores com o baixo reajuste de míseros 6,37, ao propor a mudança no PCCR a prefeitura usou como uma “carta na manga”. Como disse, usou os vereadores como quis e os servidores (professores) acabarm por se “satisfazer” com um aumento de 6,37, e em troca a prefeitura deixou tudo como antes no quartel de abrantes. Ou seja, não vai ter mudança (ou vai mudar a mudança, parece piada né?) e o reajuste não aumentou 0,01% do que foi proposto inicialmente. A patota pode não ser do ramo, mas, que manobrou bem todo o processo isso tem que reconhecer, claro que em benefício da prefeitura.
Um cão de estimação está sempre de língua pra fora e rabo abanando.