A reunião de hoje (quinta-feira, 15) com o procurador geral de Justiça, Eudo Leite, não foi nada animadora para quem quer manter a greve na Universidade do Estado do RN (UERN). Aconteceu em Natal, na sede da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ).
O procurador recebeu o reitor Pedro Fernandes Neto, a presidente da Associação dos Docentes da Uern (ADUERN), Rivânia Moura; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Uern (SINTAUERN), Elineudo Melo, entre outras pessoas. Eudo Leite chegou a ligar para o secretário de Estado do Planejamento, Gustavo Nogueira.
A busca de um alento, com sinalizador do governo estadual, feneceu nas palavras do próprio Nogueira sobre atualização de folha salarial e definição de calendário até final do ano. “A situação continua a mesma”. O governo não pode se comprometer com servidores da Uern ou qualquer outra categoria funcional.
“Reunião péssima” e perigo de desconto de dias parados
Os professores do curso de Direito da Uern em Natal, Carlos Sérgio e José Hinbemburgo de Castro Nogueira Filho, intermediaram a reunião dos segmentos da instituição com a procuradoria. “Porém o desfecho da reunião não foi satisfatório. Aliás, foi péssimo”, desabafou Rivânia Moura, em áudio distribuído com professores em redes sociais.
“A reunião foi péssima”, fez coro Elineudo Melo. “E há possibilidade do governo judicializar a greve e pedir desconto dos dias sem trabalho”, adiantou, ofegante, também em áudio em redes sociais. “Mas uma batalha que a gente não avançou em nada”, entregou os pontos.
Amanhã (sexta-feira, 16, às 8h3), a Aduern fará assembleia geral extraordinária (veja AQUI) para decidir os rumos de sua greve. Ela chega hoje a 126 dias.
A anterior, em 2015, também na administração Robinson Faria (PSD), durou 147 dias. Soma: 273 dias. Por enquanto.
As outras paralisações na gestão Rosalba Ciarlini (PP) foram de 102 dias e 66 dias. Total: 172 dias.
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Esse procurador é o que foi flagrado chantageando um investigado, sob ameaças de endurecimento de penas para conseguir delação. Pensa que não tá gravado?
A greve, está de marcha batida e abrindo caminho pra privatização. Quem lucra com isso? Quem perde?