A possibilidade de fusão do DEM com o PSDB, assunto que ganhou forte proporção nas últimas semanas, entre Brasília e São Paulo, pode dar ao grupo da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) a brecha que sonha há tempos para escapulir do seu partido.
Seu sonho dourado é fazer parte da base aliada da ‘companheira’ Dilma Rousseff (PT). José Agripino, líder estadual e nacional, que vá só.
O deputado federal Betinho Rosado (DEM) foi o primeiro membro do triunvirato que lidera o ‘rosalbismo’, a tentar escapar do DEM na direção do Palácio do Planalto, sem prejuízo político. Levou o caso à esfera do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sem sucesso.
Protocolou a petição 2812 no dia 13 de março de 2008, arguindo que estava, pasme, sendo ‘perseguido’ no partido. Seria um desligamento “por justa causa”, como definiria a legislação em vigor.
Ah, nesse episódio, um detalhe patético: o advogado Marcos Lanuce, que atuava em favor dos interesses do DEM de Mossoró, é que empinou a demanda de Betinho ao lado do também advogado Astor Nina de Carvalho Júnior (veja AQUI).
Paralelamente à empreitada, Betinho aboletou seu filho – o engenheiro agrônomo Betinho Segundo – no comando estadual do PSC. Uma válvula de escape.
O ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM), marido de Rosalba e irmão de Betinho, cochilou e perdeu o comando do PSD no Rio Grande do Norte para o vice-governador Robinson Faria (ex-PMN). Robinson, que depois rompeu com o governo, é o presidente da sigla criada ano passado no país, a partir de articulação do prefeito paulistano Gilberto Kassab (ex-DEM). O PSD foi germinado para ser da base de Dilma.
Os três, Rosalba, Betinho e Carlos até aqui têm encontrado no senador e ministro Garibaldi Filho (PMDB) e no deputado federal Henrique Alves (PMDB), a tábua de salvação do seu governo. Os dois levam a governadora pra lá e pra cá, nos escaninhos e labirintos do governo Dilma.
Se der, adiante, o triunvirato Rosalba, Betinho e Carlos vão pegar esse caminho adiante com as próprias pernas, ‘companheiros’.
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